domingo, 26 de abril de 2020

Reinventar-se é palavra de ordem do setor de turismo. Vejam belos exemplos de empreendimentos nesse momento de se reinventar.

Nesse momento especial chamamos a atenção, mais uma vez, sobre as oportunidades que poderiam advir. Muitos que se redescobriram e se reinventaram nesse momento sairão mais fortalecidos ao final. Pois não sabemos quando e como será o final. 

O texto a seguir de Daniela Maciel para o Diário do Comércio é uma dica importante e que desejamos que inspire a todos nesse difícil momento. Principalmente nossos governantes:

Extremamente impactada pelas restrições de deslocamento impostas em todo o mundo, a hotelaria tenta se reinventar e é, justamente, atender ao grupo de risco uma das saídas encontradas por alguns players. A proposta, porém, exige uma preparação especial e extremo cuidado.

No Hotel Fazenda Parque do Avestruz, em Esmeraldas, na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), a preparação para esse momento começou ainda em fevereiro.


Segundo a diretora comercial e sócia do Parque do Avestruz, Fabiana Silveira, a ideia veio de uma preocupação com a própria família. O hotel é um empreendimento familiar comandado por ela e mais três irmãos. Ainda em fevereiro, quando as notícias a respeito do novo coronavírus se intensificaram, veio o sinal de alerta em relação aos pais. E foi daí que surgiu a ideia de se preparar para atender hóspedes com o mesmo perfil.


“Resolvemos que nos isolaríamos aqui com nossos pais e contratamos uma consultoria para saber como poderíamos nos preparar para receber hóspedes que tivessem o mesmo perfil de risco que eles. Desde então, estamos adequando a nossa estrutura e qualificando nosso pessoal. Vamos receber esses hóspedes a partir do dia primeiro de maio e o projeto inicial está previsto para durar 90 dias”, explica Fabiana Silveira.


Todos os protocolos de higiene do hotel com utilização de produtos hospitalares foram atualizados e a capacidade máxima caiu de 74 para 44 vagas. As áreas comuns como salão de jogos, piscina e restaurante ficarão fechadas. Os 40 hectares de área, porém, poderão ser utilizados para atividades físicas isoladas e a recomendação é que os hóspedes aproveitem a oportunidade de contato com a natureza.


Também os colaboradores estão em isolamento no hotel há 30 dias. Alguns foram colocados em férias há 15 dias por fazerem parte do grupo de risco. Ainda farão parte da equipe uma nutricionista e profissionais de enfermagem. Uma ambulância também será colocada à disposição em tempo integral.


“Não é um projeto simples. Queremos manter nosso negócio ativo e também prestar um serviço social. Muitas famílias estão preocupadas com seus idosos. Filhos e netos vão voltar ao trabalho e os riscos para esse grupo podem aumentar. Temos recebido muitas consultas e reservas de aposentados que moram sozinhos, de grávidas, gente que trabalha o dia todo e fica preocupado com os pais e outras pessoas com comorbidades. Nosso objetivo é ajudar essas pessoas que estão vivendo angustiadas diante dessa doença que ninguém sabe quando vai passar”, destaca a diretora comercial do Parque do Avestruz.


Máxima proteção – Na região da Savassi, na Capital, o hotel My Place Savassi Hotel Boutique também fez a revisão de todos os seus processos para receber quem, por algum motivo, não pode deixar de trabalhar durante a pandemia. O objetivo é oferecer a máxima proteção para hóspedes e colaboradores.

De acordo com o gerente de Hospedagem do My Place, Alexandre Moura, o Covid-19 impõe à hotelaria um novo paradigma de funcionamento. Mesmo quando a crise acabar, as operações não voltarão a ser como antes.


“Nossos maiores emissores – Rio de Janeiro e São Paulo – impuseram restrições mais rígidas logo no início e isso fez com que não tivéssemos mais hóspedes. Nosso escape foi que já trabalhávamos na modalidade long stay (mensalistas). Então o que fizemos agora foi adaptar nossa estrutura física e reforçar o treinamento para esses tempos de pandemia”, afirma Moura.


O hotel está com ocupação de 40%. O ideal para a operação é algo em torno de 70%, segundo entidades do setor. A alternativa para o My Place aumentar o número de hóspedes foi fechar parcerias com empresas diversas, buscando mensalistas, e não apenas hospedagens por curtos períodos. Várias companhias e indústrias continuam suas atividades e alguns dos seus funcionários, que são de outras cidades, precisam de hospedagem.


Para atender a esse público sem correr riscos, o hotel adotou novos procedimentos para garantir a higienização completa das áreas comuns e apartamentos, como também, na segurança e proteção dos colaboradores e hóspedes. Entre as novas medidas implementadas, estão: uso de produtos de limpeza específicos; utilização de alguns Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) pelos colaboradores, que até então não eram exigidos pela Vigilância Sanitária; serviços opcionais de café da manhã e almoço no quarto, maior espaçamento entre mesas no restaurante e andares exclusivos para hóspedes da mesma empresa que possam estar utilizando-se de home office.


“Em Belo Horizonte, já são cerca de 50 hotéis com atividades suspensas. Somos uma cidade de negócios e a única saída para os hotéis é contar com aquelas empresas que não paralisaram totalmente as operações. O socorro vindo do governo é muito pouco para o setor. Não acredito que o turismo como um todo se recupere em menos de dois anos. Para continuar, precisamos ter conhecimento sobre o nosso público e saber segmentar bem o tipo de hóspedes que podemos trabalhar”, avalia o gerente.


Por isso e muito mais. Chamamos a atenção para esses detalhes. Pois acreditamos que apesar do momento. Reinventar é a palavra chave. 


Desafio lançado. Vamos todos ajudar a promover toda nossa região? Divulgarmos nossas belezas e encantos para quando passar essa tormenta retomemos todos mais rapidamente nossa rotina e desenvolvimento.



Rota do Café & Cachaça. Faltam 190 dias para a nossa largada da 6ª Expedição OFF ROAD da Rota do Café & Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira que irá acontecer de 30 de outubro a 02 de novembro de 2020. TURISMO FAZENDO A DIFERENÇA, SE PROGRAMANDO E ORGANIZANDO PARA AJUDAR NOSSA REGIÃO.






Fonte Diário do Comércio. Com a dica da Rede Mineira TBC. Turismo de Base Comunitária.
Por Daniela Maciel com adaptações.


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