domingo, 11 de abril de 2021

Banda Roça Nova conquista cada dia mais espaço com som autoral



REDAÇÃO - Pedro, Hector, Bernardo, João e Marco. Falando assim, parecem apenas nomes. Mas esses músicos têm acordes, letras, poesia, arranjos e muita regionalidade. A banda “Roça Nova” surgiu em meados de 2019 e já vem conquistando fãs por toda região. Originários de Manhuaçu, pelo menos a maior parte da banda, os garotos fundaram a banda em Juiz de Fora, quando começaram a tocar suas composições.

Mesmo com diversas interferências regionais, a banda não se considera assim pois estão sempre atentos a musicalidade em geral. Em sua gama de influências estão o congado, a folia de reis e o caxambu. Hoje, com a dificuldade de se fazer música autoral no país e com o dificultoso isolamento social causado pela pandemia, eles vislumbraram no financiamento coletivo uma forma de angariar fundos e levar o som deles para o mundo. O financiamento é uma forma colaborativa onde as pessoas que acreditam no poder cultural deles conseguem, de forma individual, ajudar para a realização desse projeto.

Prejudicados por não apostarem em um som comercial popular, eles lamentam que a “grande mídia” segrega e dificulta o acesso à cultura. Ainda perguntados sobre isso, lamentam as leis de incentivo e as questões estipuladas pelo país no que se refere à cultura nacional. De acordo com Hector Eiterer, baixista e backing vocal da banda, -“Por isso é imprescindível a proximidade com nosso público, a verdadeira engrenagem que faz a coisa toda acontecer, expandindo e divulgando nosso trabalho. Agradecemos muito a vocês que estão do nosso lado!”

Jovens, amigos, músicos e sonhadores: eles não pararão por aqui! Na primeira apresentação da banda, em Manhuaçu, eles tiveram um vasto e seleto público que pôde sentir de perto a fraternidade dos músicos. No Spotify, um “streming” musical, pode-se curtir a banda gratuitamente e eles ainda estão presentes no “Apple Music”, “Amazon Music” e no “Youtube”, onde as pessoas também podem assistir ao documentário que conta a história da banda.

O primeiro álbum, chamado “TRAMOIA”, conta com dez canções e uma delas é “Rural”, que em um de seus versos exalta bairros e regiões de Manhuaçu.

Se nóis é jeca mesmo, no mundo quem não é?
Da Bósnia a Nova Iorque
Papagaio, do Sus, Maré
Luísburgo, Santana
São João, Urucrânia
Mutum, Manhuaçu
Ponte do Evaristo ou da Aldeia

Foi no Ponte do Silva que eu parei, pra prosear
Causo de butiquim, de beira de mata, de mata.”

Trecho de “Rural”, Roça Nova.

 A composição é de Bernardo Leitão, que é percussionista e violonista da banda, escrita juntamente com seu irmão Leonardo Leitão. E como os integrantes da banda mesmo dizem, é um hino regional, que tende a exaltar os valores e locais de nossa região.

O nome da banda também é um presente à parte. A palavra “roça” vem naturalmente se resignificando ao longo dos anos e hoje, além da velha definição de um espaço destinado ao cultivo rural, também refere-se aos “interiores” do país como um todo e às características culturais do interior em si, por vezes em conotações negativas ou não. É uma junção da cultura rural com a possibilidade de experimentações.

Com o fim da pandemia, o sonho da banda é voltar aos palcos para mostrarem todo seu potencial, além de, em longo prazo, poderem viver de música e serem reconhecidos por isso levando o som deles a quem precisa de leveza, paz e experimentação. Sonham em expandir ao máximo a cultura regional no objetivo de resgate, reverência e adaptação. Tudo isso os foi ensinado no passado através dos seus mestres somando a universalidade que está disponível a nós nos dias de hoje. São músicos sonhadores, de Minas ,são de Manhuaçu, e são parte dessa grande juventude que ousou algum dia sonhar e realizar seus sonhos. Você já conhece os meninos da banda “Roça Nova”? Se não conhece, corre e conheça!O som que eles produzem tem a potencialidade de encantar.

FINANCIMENTO COLETIVO

Quer ajudar e contribuir com a “Roça Nova”? Na “bio” do “Instagram” da banda é possível encontrar um link que direciona ao portal de financiamento coletivo. Com valores que vão de R$16,00 a R$2.200,00, os “kits” de recompensas contém de adesivos, disco de vinil, camiseta, pôster, imã a até a um show exclusivo da banda dependendo do valor de contribuição.

OS INTEGRANTES

PEDRO TASCA RODRIGUES

26 anos

Vocalista, violonista e produtor musical

Manhuaçu-MG

SOBRE O MÚSICO: Começou a compor e a se profissionalizar com o objetivo terapêutico de regulação do seu humor e autoestima, e passou a instigar isso nos amigos que admira artisticamente.

HECTOR DE SOUZA EITERER (HECTARES)

26 anos

Baixista e Backing vocal

Juiz de Fora-MG

Sobre o músico: Acredita que a afinidade com tal expressão artística (música), traz cura através do som pois é uma linguagem universal.

BERNARDO LEITÃO DE ANDRADE (LEITÃO)

32 anos

Percussionista e violonista de 12 cordas

Manhuaçu-MG

SOBRE O MÚSICO: Começou a fazer música por incentivo do irmão mais velho Leonardo Leitão, que o ensinou a tocar bateria e sempre o instigou a aprender a tocar todo tipo de instrumento musical. Hoje não consegue imaginar a sua vida sem música, quer  aprender com ela seja na parte técnica ou espiritual, afinal ela é a sua válvula de escape diária.

MARCO MAIA

29 anos

Guitarrista

Muriaé-MG

SOBRE O MÚSICO: Acredita no poder de transformação, cura e reflexão que a música proporciona e a importância da arte no mundo em que vivemos.

JOÃO VICTOR DE CASTRO MAGALHÃES (JOÃO MANGA)

28 anos

Baterista e vocalista

Manhuaçu-MG

SOBRE O MÚSICO: Escuta música desde que tem as primeiras lembranças de infância e não existe um dia na sua vida no qual não pense em música.

Marllon Bento / Jornalista, Assessor de Comunicação  e Produtor Audiovisual.

Transcrito Portal Caparaó

Nosso apoio à cultura e às bandas regionais. 

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