A longevidade vai transformar o varejo
Por Pablo Canano
Muitos estudos mostram que a longevidade é uma realidade e os 100 anos são os novos 80! Para o varejo é um oceano azul de oportunidades. Pensando globalmente, uma pesquisa da Statista revelou que países como Japão, Uruguai e Hong Kong têm uma porcentagem significativa de sua população com mais de 100 anos. Somadas são mais de 1%.
Há dados interessantes: no Japão, por exemplo, as vendas de fraldas geriátricas superam as de fraldas infantis, um indicativo poderoso das mudanças demográficas em curso. Hoje temos no mundo, se somarmos todas as pessoas entre 80 e 100 anos, uma estimativa de 79 milhões de pessoas, praticamente a população da Alemanha. Uma projeção para o futuro estima crescimento esperado para 3,7 milhões até 2050! A população centenária é uma força a ser reconhecida.
Certamente, temos que considerar o impacto nos negócios, pois empreendedores e empresas, devem se preparar para novos nichos de mercado, desde moda e beleza até saúde e bem-estar. A longevidade abre portas para produtos e serviços inovadores e essenciais.
Por isso, o varejo precisa se adaptar às necessidades específicas dos consumidores mais velhos, priorizando acessibilidade e atendimento personalizado, com estratégias de marketing ajustadas para alcançar efetivamente esse público, investindo em canais de comunicação que entendam suas necessidades.
A demanda por serviços de saúde preventiva e especializada para idosos está em ascensão, como itens para o lar que já estão entre os produtos mais comprados por essa faixa etária.
Como especialista na experiência do cliente e estratégias digitais para o varejo, temos como dicas principais: oferecer interfaces pensadas para idosos, como a legibilidade, com aumento do tamanho da fonte (mínimo 16px), optar pelas fontes com serifa, observar alto contraste entre texto e fundo, ter simplicidade com uma navegação intuitiva e menus concisos, limitando o número de funções e opções; e investir em interações simples e consistentes.
Por ser um público seleto, que sabe o que quer, as empresas e serviços para idosos devem pensar na acessibilidade com dicas e instruções claras, em compatibilidade com tecnologias assistivas, que autonomia, independência, permitem o consumidor idoso sentir inclusão social.
Que tal pensar em experiências de loja voltadas para idosos? Esse é um desafio para empresas e serviços que deve estar nas decisões estratégicas a partir de já.
*Pablo Canano é Co-CEO da DRIVEN.cx
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