Com milhões de fãs e impacto econômico
expressivo, o ritmo tornou-se o maior movimento da juventude periférica e se
estabelece como força financeira no Brasil
São Paulo, 26
de setembro de 2023 - É inegável que o Funk tem se consolidado
como um dos principais representantes da cultura musical brasileira. Um exemplo
marcante disso é o Kondzilla, canal brasileiro no YouTube com o maior número de
inscritos do país, com impressionantes 65,7 milhões de seguidores, que pertence
ao diretor e produtor musical Konrad Dantas. Além disso, na plataforma de
música Spotify, o gênero registra um notável crescimento de 51% ao ano,
garantindo a segunda posição nas listas de downloads, ficando atrás apenas do
sertanejo.
Uma pesquisa divulgada pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) aponta que o Funk é responsável por movimentar mais de 127
milhões de reais por ano no estado do Rio de Janeiro. A instituição contabiliza
os lucros de todas as pessoas envolvidas na realização dos eventos e bailes,
desde camelôs e vendedores de alimentos, até os principais artistas, destacando
o alcance abrangente do ritmo na economia local.
Hoje o Brasil assiste de camarote o
sucesso internacional da sua maior artista pop. Anitta veio do funk e ajudou a
popularizar o gênero de maneira jamais vista, levando o ritmo para novos
públicos ao redor do mundo. Neste mês a cantora conquistou, pela segunda vez
consecutiva, o prêmio de Melhor Videoclipe Latino, do
Video Music Awards (VMA), agora pelo clipe “Funk Rave”.
Diante disso, nota-se que o funk se
consolidou como um gênero musical que desempenha um papel fundamental na
indústria musical e na cultura do Brasil. Suas letras e composições muitas
vezes abordam questões sociais, políticas e culturais, dando voz às camadas
mais marginalizadas da sociedade e, ao mesmo tempo, promovendo maior
representatividade. "O funk representa os anseios da juventude periférica
das grandes cidades brasileiras, ele expressa a vida desses jovens, suas visões
de mundo, seus desejos, seus ideais e estéticas. É o retrato de um Brasil
profundo - o Brasil das quebradas”, explica Meno Del Picchia, professor do
curso de Música da Faculdade Santa Marcelina.
Observando esse cenário, a Faculdade
Santa Marcelina desenvolveu um curso de extensão que propõe um estudo focado
neste contexto. “É importante que o universo acadêmico musical abra espaço para
o campo de estudos dos musicares periféricos justamente para que possamos
identificar alguns preconceitos e compreender de modo mais profundo os aspectos
socioculturais dessas manifestações artísticas”, afirma Del Picchia.
O curso, composto de oito aulas presenciais
na Unidade de Perdizes, tem como proposta ampliar a investigação deste gênero
no âmbito acadêmico, principalmente nos departamentos de música, tratando-o em
seus múltiplos aspectos: culturais, estéticos, musicológicos e políticos. “A
ideia é compreender a agenda social dessas manifestações artísticas, ou seja,
como esses musicares agem na sociedade transformando a vida das pessoas
envolvidas”, conclui o professor.
CURSOS DE
EXTENSÃO PARA 2023/2 – FACULDADE SANTA MARCELINA
A Faculdade Santa Marcelina, renomada
instituição de Ensino de São Paulo, está com inscrições abertas para os cursos
de extensão na área da Música para o segundo semestre de 2023. Os interessados
poderão escolher entre os sete cursos oferecidos pela Faculdade, entre eles: Álbuns clássicos no rock; Arte e quebrada, musicares
brasileiros: o funk e seu universo cultural; Fundamentos da trilha sonora no
audiovisual; Fundamentos composicionais do rock - análise e prática; Música e
mercado no brasil: do gramofone ao streaming; Os efeitos de guitarra e a sua
utilização na construção da expressão artística; Reabilitação neurológica em
musicoterapia: princípios e técnicas em motricidade, linguagem e cognição
Para mais
informações, acesse: vestibularsantamarcelina.com.br.
Sobre a Faculdade Santa Marcelina
A Faculdade
Santa Marcelina é uma instituição mantida pela Associação Santa Marcelina –
ASM, fundada em 1º de janeiro de 1915 como entidade filantrópica. Desde o
início, os princípios de orientação, formação e educação da juventude foram os
alicerces do trabalho das Irmãs Marcelinas. Em São Paulo, as unidades de ensino
superior iniciaram seus trabalhos nos bairros de Perdizes, em 1929, e Itaquera,
em 1999. Para os estudantes é oferecida toda a infraestrutura necessária para o
desenvolvimento intelectual e social, formando profissionais em cursos de
Graduação e Pós-Graduação (Lato Sensu). Na unidade Perdizes os cursos
oferecidos são: Música, Licenciatura em Música, Artes Visuais, Licenciatura em
Artes Plásticas e Moda. Já na unidade Itaquera são oferecidas graduações em
Psicologia, Administração, Ciências Contábeis, Enfermagem, Fisioterapia,
Medicina, Nutrição, Tecnologia em Radiologia e Tecnologia em Estética e
Cosmética. Além disso, há também a opção de cursos na modalidade de ensino
a distância, que incluem Administração, Gestão Comercial, Gestão Hospitalar e
Gestão de Recursos Humanos.
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