Celeste Promessa quanto
ao fim da Dor
Paiva Netto
Infelizmente, até os dias que correm,
costumamos, em geral, nos lembrar de Deus quando sérios problemas batem à porta
da nossa vida. É o que mais se vê. No entanto, a despeito disso, Ele se manifesta
com Seu Amor a todos os Seus filhos, independentemente de crenças ou
descrenças, em suas várias gradações. É só observar os modelos notáveis de Fé,
de superação da Dor, por toda a jornada humana.
E mais: a Promessa de Deus acerca do fim da Dor punitiva — que só
existe por consequência das más ações do ser humano —, encontramo-la justamente
no Apocalipse de Jesus, 21:3 a
5, de acordo com a narrativa do Profeta de Patmos, João Evangelista:
“3 Então, ouvi grande voz vinda do trono [na Nova
Jerusalém], dizendo: Eis aqui o
tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão Seu povo,
e o próprio Deus, no meio deles, será o seu Deus.
“4 E lhes enxugará dos olhos toda
lágrima; não haverá mais morte, não haverá mais luto, não haverá mais pranto,
nem gritos, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram.
“5 Então, Aquele que está assentado no trono
disse: Eis que faço novas todas as
coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras”.
Como se vê, o Apocalipse de Jesus é principalmente um anunciador de alegrias.
Seres humanos inclinados a só enxergar tristezas são os que o andam, pelos
milênios, caluniando. Quanto às notícias referentes a punições e dores,
elas foram semeadas por nós.
Façamos, pois, a todo momento, as melhores semeaduras! Eis o recado do
Profeta Jó, desde o Antigo
Testamento da Bíblia Sagrada, 34:11: “Pois
Deus retribui ao homem segundo as
suas [próprias] obras (...)”.
E também em Salmos, 37:4: “Regozija-te no Senhor, e Ele concederá o
que deseja o teu coração”.
Não são de hoje, portanto, os
alertamentos.
E vejam mais o que o Pai Celestial
revela, agora por intermédio do Profeta Isaías, no Antigo Testamento, 65:17 a 19:
“17 Porque eis que Eu crio novos céus e nova
terra; e não haverá mais lembrança
das coisas passadas nem mais se recordarão.
“18 Mas vós festejareis e exultareis perpetuamente no
que Eu crio; porque eis que instituo para Jerusalém uma alegria e, para o seu povo, regozijo.
“19 E exultarei em Jerusalém, e me alegrarei no meu povo; e nunca mais se ouvirá nela voz de choro
nem de clamor”.
Quando isso ocorrerá? As Profecias se
cumprem no Tempo de Deus, cuja contagem difere do calendário humano. Mas cada
um pode apressar ou não a vivência dessa época bem-aventurada de acordo com seu
empenho pessoal em construí-la.
O eminente educador, político, jornalista
e médium brasileiro Eurípedes
Barsanulfo (1880-1918), em mensagem espiritual transmitida durante
reunião ecumênica da Religião de Deus, do Cristo e do Espírito Santo, em São
Paulo/SP, sábado, dia 24 de agosto de 2002, pelo Sensitivo Cristão do Novo
Mandamento Chico Periotto,
realçou a necessidade de não nos apegarmos ao sofrimento, e sim encararmos os
desafios, desvencilhando-nos deles e perseverando na construção de tempos mais auspiciosos:
“Tropeços
e percalços que atravancaram a nossa felicidade, não obstante as chagas que nos
impõem a dor, descarreguemo-los como um para-raios no chão que nos abriga, pois
surgem novos tempos de amor e alegria”.
Portanto, a Dor não é um fatalismo na vida humana. Nós é que a criamos. Paremos
um pouco para pensar e reconheçamos essa realidade. Se fizermos por merecer, o que nos espera é o melhor possível.
José de Paiva Netto ― Jornalista,
radialista e escritor.
paivanetto@lbv.org.br — www.boavontade.com
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