A demanda da produção surgiu após as primeiras análises do impacto da estiagem e das altas temperaturas, em agosto e setembro, no cinturão cafeeiro do Brasil, principalmente em áreas de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, os três maiores Estados produtores no País, além do Paraná. “Nossas cooperativas e empresas de assistência técnica e extensão rural vêm apurando o real impacto que essa adversidade climática causará, mas é certo que teremos perdas consideráveis na safra 2021, por isso pleiteamos mais capital a esses produtores que tiveram suas lavouras atingidas”, explica Brasileiro na nota.
O CMN realizará reunião ordinária amanhã e a expectativa é que aprove o voto agrícola demandado pelo setor. “A elevação dos recursos não envolverá outras fontes que não o Funcafé, pois solicitamos o remanejamento de capital não utilizado de outras linhas, como do Financiamento para Aquisição de Café, da Comercialização e do Capital de Giro, que serão realocados proporcionalmente do saldo remanescente para a de Recuperação dos Cafezais”, detalha o dirigente.
Além da ampliação do valor total, o setor também solicita a elevação de R$ 3 mil para R$ 8 mil por hectare, até R$ 200 mil por tomador, montante que é mais condizente com a realidade dos custos com a poda e os tratos culturais, medidas necessárias para a revitalização das lavouras impactadas.
Segundo o presidente do CNC, se a medida for aprovada pelo CMN, o produtor que desejar tomar os recursos deverá se enquadrar nas especificações do Manual de Crédito Rural. “Será necessária a apresentação de um laudo técnico, o qual delimite a área prejudicada, a intensidade das perdas decorrentes das adversidades climáticas e que identifique a forma de recuperação da capacidade produtiva dos cafezais”, conclui.
Fonte: Estadão Conteúdo
Transcrito Destaque Diário.
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