O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) em parceria com a Polícia Civil, através da 112ª DP, realizou na quinta-feira (05/08), a terceira fase da Operação Chorume.
Foram cumpridos 11 mandados de prisão preventiva e outros 22 de busca e apreensão contra integrantes de uma organização criminosa que fraudava licitações na área de limpeza urbana no município de Carmo.
Na nova denúncia apresentada à Justiça contra 23 pessoas e duas empresas ligadas ao esquema fraudulento, seis vereadores tiveram a prisão preventiva decretada por não fiscalizarem os contratos e aprovarem matérias de interesse do grupo criminoso, em contrapartida ao recebimento de propina.
Entre os integrantes da organização criminosa denunciados por crimes contra a lei de licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de dinheiro, está o ex-prefeito Paulo Cesar Ladeira, preso na segunda fase da operação.
Os irmãos Wesley Ferreira Pessanha e Celciomar Ferreira Pessanha, denunciados juntamente com a mãe, Selma Ferreira Pessanha (todos presos na segunda fase da operação), exerciam o comando do núcleo empresarial da organização criminosa. Wesley liderava o grupo, coordenando as atividades dos demais comparsas, relacionadas aos crimes de corrupção, peculato e lavagens de dinheiro por meio da realização de investimentos em criptoativos de difícil rastreio, dentre outras manobras. Os três atuavam no município desde 2016, com objetivo de obter vantagens espúrias em contratações públicas, quando apoiaram financeiramente a campanha de Paulo Cesar Ladeira, reeleito na eleição daquele ano.
Está sendo apurado num inquérito em apartado, os negócios da família Pessanha envolvendo o município de Varre-Sai e de São Jose de Ubá, no noroeste fluminense.
Interceptações telefônicas, obtidas com autorização judicial, teriam flagrado conversas nada republicanas, envolvendo Wesley Pessanha, 2 servidores do município de Varre-Sai, 1 representante de empresa de construção civil e 1 lobista do município de Itaperuna.
Os municípios de Varre-Sai e de São Jose de Uba, adquiriram produtos médicos/hospitalares, incluindo kits de teste rápido, da empresa de Wesley Pessanha, a Tantum Prestação de Serviços e Empreendimentos, considerada empresa de fachada pelos investigadores.
Há ainda o envolvimento de outra empresa da família Pessanha com o município de Varre-Sai, a Invicta Empreendimentos e Serviços, cuja proprietária Aida Pessanha, é tia de Wesley (irmã de Selma Pessanha que foi presa na operação), tendo como procurador o advogado fidelense Hercílio Duarte, primo de Wesley, cujos contratos ainda vigoram e se aproximam da ordem de 2 milhões de reais.
O caso segue sendo investigado.
Processos nº: 116146-87.2021.8.19.0001 e nº.: 0000170- 84.2021.8.19.0016
Fonte Notícia Noroeste
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