sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

Investigação mira Copasa por supostos erros em contas na pandemia Mais de 500 mil consumidores

 

Erros supostamente cometidos pela Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) podem ter ocasionado aumentos indevidos nas contas de quase 500 mil consumidores durante a pandemia. Os prejuízos gerados à clientela são estimados em R$ 14,3 milhões.


A suspeita é da Agencia Reguladora de Serviços de Abastecimento de Água e de Esgotamento Sanitário do Estado de Minas Gerais (Arsae-MG).



Responsável pela fiscalização do abastecimento no estado, o órgão instaurou um processo administrativo nessa quarta-feira (10) para apurar o fato. Confirmadas as irregularidades, a Copasa pode ter que ressarcir os usuários afetados. 



Cobrança por média


De acordo com a Arsae-MG, a investigação foi aberta a partir da análise de mais de seis milhões de faturas emitidas pela Copasa-MG de janeiro a junho de 2020 em todo o estado. A entidade diz ter encontrado inconsistências em 559.847 contas que, juntas, somariam R$ 14,3 milhões em cobranças indevidas. 

 

O faturamento com valor maior teria sido decorrente do novo método adotado pela Copasa para aferição do consumo durante a pandemia de COVID-19. Para evitar a entrada dos leituristas nas casas dos usuários, a companhia passou a calcular o valor da conta a partir da média de consumo das residências nos últimos 12 meses. 


Com isso, diz a Arsae-MG, houve variações significativas entre o volume faturado e o realmente consumido. Ou seja: o consumidor acabou pagando pela água que não jorrou de suas torneiras. 

 

"É importante frisar que, durante este processo administrativo, será concedida oportunidade à Copasa-MG, para que possa apresentar suas justificativas para as inconsistências e fazer suas contestações aos números encontrados”, ponderou o diretor-geral da Arsae-MG, Antônio Claret. Ele espera que a apuração seja concluída ainda no segundo semestre. 

 

Compensação


Caso fique comprovado que houve erro por parte da Copasa, a agência diz que os clientes terão direito a ressaracimento, concedido por meio de descontos progressivos nas próximas faturas.



Confira a nota da Copasa:

 

A Copasa informa que o período pandêmico, ainda em curso, impediu que nossos leituristas fizessem a aferição de consumo nas residências em quantidade significativa de ligações. Isso se deu em razão de atendermos as normas de saúde pública, para a proteção de toda sociedade. Em várias cidades houve, inclusive, medidas impostas contra a circulação de pessoas.

 

Assim, houve casos de faturas emitidas por média. A Copasa destaca que os critérios de cobrança pela média de consumo, em situações de impedimento de leitura (portão fechado, por exemplo) é autorizado pelas normas regulatórias.

 

No mesmo período, os canais virtuais de atendimento da Copasa responderam todas as reclamações que alegaram excesso de consumo. Dando repostas e explicações diretamente a todos os seus clientes.

 

A Copasa, durante todo este período, está esclarecendo e comunicando a população para desenvolver o hábito do acompanhamento do consumo e realizar a autoleitura. Assim, além de aferir o seu consumo, o cliente pode, inclusive, adotar medidas de uso consciente de água e promover a redução de consumo e, consequentemente, a diminuição do valor de sua conta.

 

A Copasa esclarece que aproximadamente 70% de seus hidrômetros são instalados internamente nas edificações, impedindo, assim, que a leitura seja feita sem o contato com o cliente.


Fonte: Estado de Minas


Nota.

Aqui a constância e a redundância da água contaminada e nenhuma providência, retorno e ação. 

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