sábado, 27 de março de 2021

O GRANDE TRUNFO

 


O GRANDE TRUNFO

    Trunfo é uma qualidade que lhe dá vantagens em determinada partida ou demanda. No jogo de cartas pode ser uma carta marcada, ou de um naipe específico. Quem tem o trunfo nas mãos, tem grandes possibilidades de sucesso. Na vida também é assim.
    Existem trunfos, hoje evidenciados, como pré-requisitos para que as pessoas sejam reconhecidas no mercado de trabalho. É aquela velha história da mulher do César, que não basta ser honesta, mas sim, parecer honesta. São atributos que as pessoas devem adquirir e, acaso não o tenham, lutem para transparecer sua posse, ou seja, enganar.
   Certo que nenhuma falácia tem sobrevida longa, então o melhor mesmo é conseguir seus próprios trunfos de uma forma honesta ao longo da vida e sempre que possível, demonstrar que os possui, porque hoje em dia, como já mencionamos, não basta ter, tem que ostentar.

    Há muitas qualidades inerentes às pessoas que se fazem perceber desde as mais tenras idades. Há as crianças despojadas, com iniciativa, liderança, há aquelas que brincam sozinhas, as que mais se socializam, as que gostam de ajudar e dividir seus brinquedos, as mais egoístas, faz parte, pois somos todos humanos, com características próprias e invioláveis.
    Ao crescermos, atingimos a idade adulta e escolhemos uma profissão a trilhar, pelo menos aqueles adolescentes que concluem o Ensino Médio. Então é a hora de encarar a Faculdade ou o Ofício que resolvemos ser o Norte de nossas escolhas.
    Enquanto vivemos os melhores anos de nossas vidas na Faculdade, exercitando nossa capacidade de crescimento interior, tudo são flores. Depois, com um diploma na mão, as cobranças acontecem, e não são poucas.
     As empresas, para a maioria dos formandos que busca o mercado de trabalho como fonte de seu sustento, querem o lucro. O lucro em si depende de uma série de fatores, e as empresas vão buscar para seus quadros pessoas que se alinhem com suas estratégias de crescimento. Assim funciona o Mercado.
    Desde a virada do século, com o advento da Tecnologia cada vez mais presente, muitas mudanças têm ocorrido no processo de busca e recrutamento de talentos. Uma característica está bem latente, a integração dos sistemas. As pessoas não resolvem mais nada sozinhas. Devido à vertiginosa ascensão da tecnologia computacional aos processos produtivos, os departamentos estão cada vez mais segmentados, porém, e aí é que mora o detalhe, há uma necessidade fervorosa de comunicação eficaz entre todas as faces da linha de produção, seja qual for o objeto do negócio.
    Essa interface entre pessoas é um dos grandes segredos do sucesso ou não do empreendimento. Para tanto, empregados e colaboradores que detenham características facilitadoras do diálogo são imprescindíveis. Empatia, trabalho em grupo, vontade de aprender, comunicabilidade, sociabilidade e capacidade de delegação. O setor RH anseia por estes atributos. É o ouro do século XXI. Especialistas em determinado assunto também tem sua importância, porém cada vez menos se buscam apenas “especialistas”. Dentro das necessidades e características de cada negócio, não é difícil formar seus próprios doutores. O Mercado já entendeu essa dinâmica. Difícil é formar o cidadão, na acepção mais humana da palavra.
    Para tanto, urge que as escolas invistam, desde a Educação Básica, na formação do ser, antes de tudo. Formação do sujeito consciente e disposto a trabalhar em grupo, aceitar opiniões contrárias e desenvolver metodologias diante de diversidades humanas e adversidades técnicas. A empatia, o reconhecimento do erro e a mudança de rumo. As palmas para o sucesso do colega e a ajuda nos momentos nebulosos.
    A Inteligência Emocional é pois, sem sombra de dúvida, um grande trunfo da Nova Economia. Porque não dizer, da Sociedade como um todo. Pessoas equilibradas, conscientes de seu lugar, que desenvolvam uma relação de confiança e solidariedade com seus semelhantes são pessoas que hão de conquistar o sucesso em qualquer ambiente de trabalho, em qualquer profissão ou ofício.
    Alguns desses pré-requisitos são inatos em determinadas pessoas, mas, e isso já é comprovado pela ciência, a maioria das qualidades e atributos da personalidade podem e devem ser trabalhados e desenvolvidos. Como em qualquer outra situação, uns terão mais pendor que outros, mas todos nós podemos aprender. Por conta disso somos a raça dominante do planeta, o ser humano, extremamente adaptável às dificuldades, sejam quais forem.
  Necessitamos sim ensinar aos nossos alunos a Empatia, o Desenvolvimento em Grupo, o Reconhecimento das diferenças de cunho econômico e social, a importância do saber ouvir e partilhar e muitas outras competências humanísticas. A técnica em si do ofício do futuro, ela é um atributo mais fácil de se adquirir, mas as competências emocionais, estas têm de ser trabalhadas desde a mais tenra idade.
    A Escola Officina do Saber, em parceria com o Sistema Eleva de Ensino já promove em seu Projeto Pedagógico essa competência LIV – Laboratório Inteligência e Vida, destinada justamente ao objetivo acima descrito. Trabalhar nossos alunos emocionalmente, a fim de os tornar cidadãos, antes de tudo, felizes e preparados para os desafios do século XXI.
    As habilidades emocionais serão o grande trunfo da nova geração, muito mais do que a destreza com programas e aplicativos. Sempre haverá um ser humano por detrás de uma tela, um ser pensante e acima de tudo consciente de suas responsabilidades com o mundo em que vive.
    Uma pessoa feliz faz o mundo ao redor ficar mais transparente e menos pesado. Uma pessoa feliz e responsável transforma vidas e pessoas felizes responsáveis e sábias mudarão esse mundo para melhor.

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