terça-feira, 12 de janeiro de 2021

Alto Jequitibá(MG) guarda relíquias e preciosidades históricas. Um monumento em homenagem aos 500 anos da reforma protestante e inúmeras outras preciosidades históricas: Prédios históricos que destacam sua religiosidade e monumentos da antiga linha do trem.

Em nossa luta, trabalho e cotidiano de realizações de projetos e iniciativas de roteirização turística de nossa região passamos por Alto Jequitibá(MG)(Antigo Presidente Soares) e lá, muito mais do que podíamos imaginar, encontramos relíquias e preciosidades históricas que nos encantou. 

O que nos havia levado a princípio é a conexão da Rota do Café & Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira com a Rota da Guerrilha do Caparaó e lá tivemos a grata surpresa e alegria de registrarmos a estação com seus sinos e badalos, 2 pontilhões de ferro ainda preservados e o túnel( o maior de todo esse trecho da antiga linha férrea). Além de quase a totalidade do trecho da linha ser transitável. 

Outra parte da história que nos chamava a atenção: O antigo Colégio Evangélico e seus imóveis estão preservados. Muitos tem histórias de seus pais e avós, contadas por esses, dos tempos de que ali iam estudar. O único Colégio da região à época. 

Porém, andando pela cidade, uma coisa nos chamou a atenção: A imponência e a beleza da Igreja Presbiteriana de Alto Jequitibá que tem uma importância histórica  de uma reunião do Supremo Concilio Nacional da Igreja Presbiteriana no Brasil, que ali se reuniu em 1950, criando nessa reunião aconteceu a elaboração da Constituição da Igreja Presbiteriana no Brasil que vigora até hoje. Vejam toda a história: 

http://www.igrejapresbiterianaaltojequitiba.gripp.com.br/historico.htm

Ali também, na praça em frente, um monumento homenageia e comemora os 500 anos da Reforma Protestante. 

Quer conhecer essa e outras história, belezas e encantos de Alto Jequitibá e de toda nossa região. Vem com a gente: (32)9-9923-9337

Conheçam um pouco sobre a reforma protestante e a importância que esse monumento de Alto Jequitibá tem:






A Reforma Protestante foi um movimento reformista cristão culminado no início do século 16 por Martinho Lutero (1483-1546), na Alemanha. Em 2017, esse processo histórico completou 500 anos, sendo hoje considerado um dos eventos fundadores da história moderna e Alto Jequitibá ergueu um monumento dedicado aos membros da Reforma Protestante. 


Dificilmente se poderá minimizar a importância da Reforma Protestante, movimento iniciado pelo alemão Martinho Lutero (1483-1546), que fora monge agostiniano, e, mesmo que não fosse sua intenção, tornou-se um dos principais líderes cristãos da história. Ao contrário de antigos mitos populares, que vez ou outra ainda são divulgados, mas que não resistem a um exame histórico sério, Lutero não dividiu a cristandade nem iniciou seu movimento porque queria se casar. Bem antes do surgimento do protestantismo – no ano 1054 para ser mais exato –, os cristianismos ocidental latino e oriental grego já haviam se separado. Lutero não dividiu a Igreja ocidental. Muito pelo contrário: ele foi literalmente expulso, com a excomunhão que em 1521 recebeu de Leão X, o papa da época. E o que motivou Lutero não foi outra coisa a não ser o desejo de ver o cristianismo de seu tempo renovado, revitalizado, que recuperasse a força e a dinâmica originais dos primeiros seguidores de Jesus. Vale lembrar que essa busca por revitalização – reforma – do cristianismo ocorrera antes por líderes e pensadores cristãos conhecidos como Pré-reformadores. Dentre estes podem ser citados o inglês John Wycliffe (1320-1384), que recebeu o epíteto de “Estrela Dalva da Reforma”, o checo Jan Hus (ou Huss, 1369-1415), e, antes ainda, o francês Pierre Valdès (1140-1218), mais conhecido como Pietro (ou Pedro) Valdo, líder da Igreja Valdense, tida como uma Igreja Protestante antes do surgimento do protestantismo. O próprio movimento iniciado por Giovanni de Pietro di Bernardone, mundialmente conhecido como Francisco de Assis (1182-1226), outra coisa não foi a não ser uma busca de reforma na igreja de seu tempo. O movimento de Francisco só não sofreu perseguição como os demais por conta da habilidade política de Inocêncio III, o papa da época, que percebeu que seria mais interessante ter aquele estranho pregador e seus seguidores debaixo da autoridade da Igreja que fora dela.


O que diferencia o movimento de Lutero é que o alemão tocou não apenas em questões morais e éticas, como os mencionados antecessores fizeram, mas também em questões doutrinárias: a doutrina da justificação pela fé, a espinha dorsal do esquema teológico protestante, constitui-se em novidade teórica com amplas implicações sociais. Ao anunciar a justificação pela fé, Lutero minimiza e relativiza a importância da Igreja como agência de mediação institucional entre Deus e os homens. O indivíduo, por graça e fé, recebe a justificação da parte de Deus, sem precisar pagar por isso. A Igreja da época vendia as indulgências, documento que diziam garantiria o perdão dos pecados, até mesmo dos falecidos. A “briga” de Lutero acontece a partir de sua descoberta do texto de Romanos 1.16-17: “Pois não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego; visto que a justiça de Deus se revela no evangelho, de fé em fé, como está escrito: O justo viverá por fé”. O ser humano é aceito e perdoado por Deus não por conta de uma palavra dita ou documento emitido pela autoridade eclesiástica, mas por graça e fé. As famosas 95 Teses vão argumentar, com uso de textos bíblicos e fontes cristãs patrísticas e medievais, contra a comercialização e a mercantilização daquilo que os sociólogos da religião em nossos dias chamam de “bens simbólicos” da salvação. A Tese 62 é um bom resumo da então incipiente teologia protestante que Lutero começava a formular: “O verdadeiro tesouro da Igreja é o santíssimo Evangelho da glória e da graça de Deus”. Em outras palavras: o tesouro da Igreja não está nas riquezas que esta acumula, mas no dom gratuito que Deus concede.


A teologia de Lutero pode ser sintetizada nas chamadas Bandeiras da Reforma, conhecidas como “Solas” (da palavra latina Sola, “só”, “somente”, “unicamente”), que são quatro, a saber: Só a graça (Sola gratia), Só a fé (Sola fide), Só a Escritura (Sola Scriptura) e Só Cristo (Solo Christo ou Solus Christus). As bandeiras da Reforma têm foco soteriológico, isto é, discutem a experiência da salvação humana. Esta acontece só por meio de Cristo, único mediador, é ensinada só pelas Escrituras (o que retira a importância da Tradição e do Magistério), e é recebida só por graça e fé. Diante desse quadro, aquele/a que é alcançado/a por esta graça só tem uma resposta a dar: Soli Deo gloria, “Glória somente a Deus”. Esta resposta doxológica é muito elucidativa do ethos do protestantismo: Lutero era músico e deu à música e ao canto grande importância. Via de consequência, a Reforma Protestante teve grandes implicações comunitárias, litúrgicas e pastorais. Conclui-se que os princípios propostos pelo protestantismo têm implicações não apenas no campo da história das ideias. Muito mais que isso, têm implicações sociais muito concretas. Tome-se como exemplo o Sola Scriptura: quando a vida de Lutero corria risco, ele foi mantido por cerca de dez meses (entre 1521 e 1522) em segredo no Castelo Wartburg, nas imediações de Eisenach, região da Turíngia, a mando do Príncipe Eleitor Frederico, o Sábio. Para sua proteção, Lutero assume a identidade de Junker Jörg, o “Cavaleiro Jorge”. Nesse tempo, traduz o Novo Testamento do grego para o alemão. A tradução de Lutero tornou-se a base para o alemão padrão até os nossos dias. Além disso, a ênfase no Sola Scriptura teve implicação direta na redução dos então muito altos índices de analfabetismo na Europa. O protestantismo incentivou e incentiva a leitura bíblica (o protestantismo clássico pelo menos). Para tanto, evidentemente há que primeiro aprender a ler.

O Autor desse texto destaca: É muito importante que ... seja feito um resgate da história da Reforma, não apenas de maneira romântica, idealizada, mas crítica e construtiva. É importante que a abordagem ao estudo da Reforma seja feita não em perspectiva polêmica ou apologética, mas de convergência ecumênica. Assim as comemorações dos 500 anos farão sentido, e não serão apenas glorificações de acontecimentos de meio milênio atrás.

E Alto Jequitibá, certamente, com esse monumento deu todo esse sentido destacado. Resgatando essa história e vamos, com nossos roteiros, aventuras e expedições resgatar e destacar ainda mais. Vem com a gente.


Somos a  Éocombatente Adventure. Uma empresa de promoção de eventos, influenciadora digital e Agência de Turismo Receptivo e Roteirização de Aventuras Esportivas na Região das 3 Divisas Vértice Sudeste MG/RJ/ES.

Atuamos com realização de eventos, divulgação digital, criações de roteiros e promoções de Expedições e Aventuras Esportivas OFF ROAD no Entorno do Parque Nacional do Caparaó e Conexões com vários Roteiros dessa rica e belíssima região.

Um desses eventos, roteiros e criação, de grande sucesso que tem atraído um grande público e que também foi criado por nós, é a Rota do Café & Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira que já reuniu em suas 6  edições cerca de 1.000 jeepeiros de 11 Estados Brasileiros. Ajudando a promover o Turismo de Aventura, Turismo Gastronômico, a Hotelaria, a Rede de Restaurantes, o Turismo RURAL, a Agricultura Familiar, a Economia Criativa e Solidária, o Turismo de Base Comunitária e o desenvolvimento sustentável em toda nossa região. 


Conheça sobre a Rota do Café & Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira. 

A Rota dos Café e Cachaças - Caminho  do Pico da Bandeira - é um percurso variado por estradas de terra  por toda a região das 3 fronteiras MG/RJ/ES. O percurso é dividido em 4 roteiros em 4 etapas com cerca de 500 km cada de estradas de terra,  belíssimos lugares pitorescos e atrações gastronômicas de toda essa região. Totalizando 2000km de percurso e destaca a produção do mais genuíno produto brasileiro: A cachaça artesanal de alambique. Destaca também a produção do premiado café das montanhas. A produção de derivados de cana. A produção de doces, artesanatos, derivados de leite e queijo e a produção de derivados de suínos com força total e tradição na região. 

Rota do Café & Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira é uma viagem e aventura em busca do conhecimento e das histórias e tradições na produção dos premiados Cafés das Montanhas, as melhores e saborosas cachaças artesanais de alambique e os saborosos queijos e doces nessa região produzidos. Onde os participantes vão: Surfando nessas belíssimas montanhas e se deliciando com as mais tradicionais cachaças artesanais de alambique e o premiados Cafés das Montanhas.



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Texto sobre a reforma protestante: http://www.revista.pucminas.br/materia/500-anos-da-reforma-luterana/


republicado.

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