domingo, 13 de dezembro de 2020

Show no céu: eclipse solar poderá ser visto no Brasil em 14 de dezembro

 Para os cansados de assistir a lives na televisão, o céu oferecerá um fenômeno divertido de se acompanhar, em um verdadeiro show da natureza. No próximo dia 14 de dezembro, um eclipse solar total acontecerá às 11h33 (horário de Brasília) com fim às 14h53.

Um eclipse solar acontece quando a Lua se coloca exatamente entre o Sol e a Terra, formando “um cone de sombra que incide em algum local do planeta”, explica Roberto Costa, professor do departamento de Astronomia da Universidade de São Paulo (USP). Conforme a Terra se movimenta, essa faixa de sombra se desloca do oeste para o leste. 

Ainda segundo Roberto, “quanto mais ao sul, melhor” para ver o eclipse em terras brasileiras, sendo que o Rio Grande do Sul terá 60% do disco solar coberto pela Lua, São Paulo pouco menos de 50% e o Rio de Janeiro cerca de 40%. As regiões Norte e Nordeste não poderão ver o eclipse.  O eclipse solar total só ocorrerá em uma pequena faixa que corta o sul do Chile e o sul da Argentina. 

Eclipse solar poderá ser totalmente visto de parte do Chile e da Argentina
Eclipse solar poderá ser totalmente visto de parte do Chile e da Argentina
Foto: Melih Onyer/FreeImages


É importante lembrar que não devemos observar o Sol com binóculos, telescópio ou qualquer outro instrumento de aumento que não seja equipado com filtros. “Não observar essa regra pode resultar em lesões permanentes na retina”, alertou o professor.

Anualmente, acontecem entre dois e sete eclipses solares e/ou lunares na Terra. Em dezembro de 2019, um outro eclipse parcial também foi visto no Brasil. 

De acordo com Roberto, os eclipses ocorrem em “famílias” chamadas de “Saros”, e várias dessas “famílias” acontecem simultaneamente. 

Mas, não pense que você poderá ver um eclipse a todo instante. Para o fenômeno se reproduzir no mesmo lugar da Terra leva cerca de 54 anos. 

O fenômeno é bem popular para a Nasa, que disponibiliza um catálogo de eclipses desde 3.999 A.C. até o ano 6.000, ou seja, um intervalo de 10 milênios.  

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