Há momentos que se eternizam não pelo tempo, mas pela força do que representam. No Hospital do Câncer de Muriaé, da Fundação Cristiano Varella, um gesto simples, tocar o sino da vitória, carrega o peso de uma batalha vencida e a leveza da esperança renovada. Foi assim no dia em que Ronaldo Virginio encerrou seu ciclo de 20 sessões de radioterapia.
Ronaldo não estava sozinho nessa caminhada. Além de paciente, ele é pai de duas colaboradoras da instituição. E para sua filha Rafaela, que há anos dedica seus dias ao cuidado de tantos outros pacientes, o desafio ganhou um novo significado quando o amor de sua vida precisou ser cuidado. “Aqui, eu estou sempre cuidando do amor da vida de alguém, pois os pacientes são pessoas amadas por seus amigos e familiares. E de uma hora para outra, eu me vi cuidando do meu grande amor, meu pai. Foi muito difícil, mas com o apoio de todos da Fundação conseguimos vencer”, relembra.
O sino, que tantas vezes ouviu ser tocado, agora era para ele. E em seu som vibrava mais do que alívio, vibrava gratidão, coragem e a certeza de que cada dia vivido é um presente.
No Hospital do Câncer de Muriaé, cada toque no sino ecoa além dos corredores, levando consigo as histórias de quem enfrentou o medo e escolheu acreditar. A batalha de Ronaldo pode ter sido travada dentro de um hospital, mas a sua vitória pertence à vida.
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