segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Carnaval é período de alerta em relação às ISTs




Infectologista explica sobre essas infecções e ressalta importância do preservativo

As Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) podem ser causadas por vírus, bactérias ou outros microrganismos. Entre as mais comuns estão herpes genital, sífilis, HPV, HIV/aids, cancro mole, hepatites B e C, gonorreia, clamídia, doença inflamatória pélvica, linfogranuloma venéreo e tricomoníase. Algumas ISTs, em seu estágio inicial, são silenciosas, não apresentando sinais ou os sintomas iniciais podem desaparecer espontaneamente, dando a falsa impressão de que a doença foi curada, o que pode atrasar o tratamento e agravar as complicações e as consequências, que podem ser infertilidade, câncer e até mesmo a morte.

Com a proximidade do carnaval, um período festivo em que as pessoas estão mais abertas a relacionamentos fortuitos, é preciso de cuidados redobrados. ‘‘Carnaval é um período de diversão, mas onde devemos manter as precauções. A preocupação médica sobre esse período em relação às infecções sexualmente transmissíveis é grande. A gente sabe que nessa época as pessoas acabam tendo mais relações sexuais e tem que lembrar que tem que ser protegida, porque de forma desprotegida está exposto a todas as ISTs’’, alerta a infectologista Juliana Barreto.

A especialista, que atende no centro clínico do Órion Complex, em Goiânia, ressalta que algumas doenças podem ser facilmente contraídas. ‘‘A sífilis, por exemplo, é super fácil de pegar e está super em alta, porque todo mundo não está usando preservativo, encostou, pegou. A sífilis tem vários nomes, inclusive um que é a mãe de todas, porque ela pode se manifestar clinicamente como qualquer outra doença’’, exemplifica. ‘‘Lesões por HPV podem ser contraídas pelo beijo. O HPV também é uma IST, mas não é exclusivamente de transmissão sexual’’, completa.

Entre os sintomas mais comuns das ISTs estão feridas, corrimento, verrugas, dor pélvica, ardência ao urinar, lesões de pele e aumento de ínguas. A forma principal de evitar o contágio, seja em época de folia ou em outras, já é conhecida de todos. ‘‘O uso do preservativo previne tudo, lembrando que a hepatite B, uma infecção também transmitida sexualmente, tem vacina, quem não é vacinado, já procura um médico para poder vacinar. O HIV você previne com o uso do preservativo e com o uso da PrEP (Profilaxia Pré-Exposição), que deve ser feita com orientação médica’’, orienta Juliana Barreto.


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