quinta-feira, 28 de outubro de 2021

Inocentado, casal diz que foram coagidos a confessar que mataram o filho em Dores do Rio Preto Ficaram presos por três anos

 

Os pais da criança de cinco anos que morreu em Dores do Rio Preto em 2018, que ficaram presos suspeitos da morte do filho, disseram, nesta terça-feira (26), que foram coagidos pela Polícia e ameaçados de morte para que confessassem o suposto crime. A Polícia Civil informou que a corregedoria vai apurar o caso.


O casal, Luane Monique de Moura Silva e Adeildo Souza da Silva, ficou preso por dois anos e sete meses por suspeita de homicídio, omissão e tortura do filho Artur Moura Silva.

Na época, o inquérito da Polícia Civil enviado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) apontava que o pai teria agredido o filho com socos e chutes. O laudo da perícia, apresentado durante o júri popular, em setembro deste ano, comprovou que Arthur não morreu vítima de agressão, mas por meningite. As manchas pelo corpo foram causadas pela doença. 


O MPES afirmou que a prisão "foi um erro".

Adeildo revelou que disse para a polícia que não tinha agredido o filho, mas confessou as agressões depois de ser ameaçado.



Casal não enterrou filho
 
Luane e Adeildo foram soltos em março deste ano. O casal não pôde ir ao velório e enterro do filho. Eles só visitaram o túmulo do menino três anos depois da morte dele, no dia do enterro da mãe de Adeildo.

 

Coação será apurada

 

O delegado-geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, informou que o caso será revisto na corregedoria. Arruda, no entanto, alega que o casal não foi forçado a coagir e nem a mentir.
“Nós não estamos falando da polícia dos anos 1940. Nós não estamos falando de uma polícia da época da ditadura. Nós estamos falando de uma polícia que é toda ela formada no estado democrático de direito, o delegado de polícia é formado, ele tem formação jurídica. Eu acho muito difícil que isso tenha acontecido. Pode até ser que, o pai, levado por uma pressão popular, tenha falado alguma coisa nesse sentido. Mas ele ser obrigado, ou ele ser forçado, acho muito temerário, muito difícil disso acontecer”, argumentou Arruda.

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