Um queijo Minas Artesanal da região da Canastra e um café da região das Matas de Minas formaram a dupla campeã dos concursos estaduais promovidos pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em 2020. O anúncio dos vencedores das duas competições foi feito na noite de anteontem, em solenidade virtual, com participação de produtores rurais, técnicos e autoridades.
O responsável pelo café campeão do Estado é o agricultor familiar Ademir Abreu de Lacerda, de Espera Feliz, na Zona da Mata. Este é o quarto ano consecutivo que um cafeicultor do município leva o grande prêmio estadual. O pai do Ademir, seu Onofre, já venceu a competição em 2012. São três gerações na família produzindo café.
“A emoção é muito grande de estar aqui, representando esta família. Agradeço a todos que nos ajudaram nessa caminhada. Trabalhamos muito e o trabalho está reconhecido”, disse Ademir Lacerda, ao comemorar o prêmio por videochamada.
O presidente da Emater-MG, Gustavo Laterza, destacou a importância dos concursos para a cadeia produtiva do queijo e do café. “As competições valorizam a importância econômica, cultural e social desses produtos, com a marca de Minas Gerais. Elas também têm papel educativo, com interação entre produtores e técnicos para a melhoria do produto final. Além disso, os concursos aproximam os produtores dos mercados mais exigentes, que demandam queijos e cafés de qualidade”, disse.
Amostras – O 17º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais contou com 1.792 amostras participantes, das quatro regiões produtoras do Estado: Cerrado Mineiro, Chapada de Minas, Matas de Minas e Sul de Minas. O concurso tem duas categorias: Café Natural e Café cereja descascado, despolpado ou desmucilado.
O produtor Ademir Abreu de Lacerda foi o campeão geral ao obter 92 pontos (de um total de 100), de acordo com a metodologia da Associação de Cafés Especiais (SCA). O concurso também anunciou os campeões regionais de cada categoria, além do café com a maior nota produzido por uma cafeicultora, que recebeu o certificado de Mulher Empreendedora. O título foi dado à agricultora Maria Luiza Lacerda Gomes, sobrinha do Ademir, também moradora de Espera Feliz.
Mais de 100 cafeicultores de Espera Feliz produzem cafés especiais. A maioria usa a mão de obra da família como única força de trabalho na lavoura. Outra prática comum é a troca de serviço entre os agricultores. Neste sistema, eles se reúnem para trabalhar em uma propriedade e fazem um revezamento entre elas. Isto é muito comum, principalmente no período da colheita.
“Neste sistema de parceria, eles conseguem colher lotes mais uniformes, facilitando o trabalho pós-colheita”, informa o técnico da Emater-MG Antônio Teixeira, responsável pela assistência aos agricultores na certificação de propriedades. Ele explica que os cafés são colhidos de forma seletiva e secados em terreiros suspensos ou de cimento. Esses cuidados são determinantes para a qualidade do produto final. Além disso, as lavouras de café onde estão os cafés premiados ficam entre mil e 1,4 mil metros de altitude, com clima ameno e úmido.
Nos últimos anos, os cafés de Espera Feliz premiados têm sido comercializados, em média, por R$ 3 mil a saca de 60 quilos. Mas alguns lotes chegaram a mais R$ 15 mil por saca. Para se ter ideia da valorização, a saca do café commodity (considerado comum), é comercializada por aproximadamente R$ 600.
Promovido pela Emater-MG e pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), o 17º Concurso de Qualidade de Cafés de Minas Gerais conta também com o apoio da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas e a Fundação de Apoio ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Faepe). (Agência Minas)
Melhor queijo é de Vargem Bonita
Já o queijo vencedor do concurso estadual promovido pela Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater-MG) em 2020 é do produtor Reinaldo de Faria Costa, do município de Vargem Bonita, na Serra da Canastra. A produção fica na Fazenda Capivara. Ele começou a produzir queijo muito jovem, atividade que aprendeu com seus pais. Na propriedade, são produzidas 30 peças por dia. O queijo da propriedade do Reinaldo recebeu do júri técnico nota 95 de um total de 100.
Neste ano, o Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal foi uma edição especial pelos 300 anos de Minas Gerais. A escolha dos 20 finalistas reuniu estudiosos da produção queijeira e profissionais com ampla experiência na área. Foram escolhidos os cinco melhores queijos do Estado.
O campeão estadual, Reinaldo de Faria Costa, comercializa os queijos de sua propriedade, no aeroporto de Confins, que fica na Região Metropolitana de Belo Horizonte, e em diversas regiões de Minas Gerais. Reinaldo Costa também vende a iguaria nos estados de São Paulo e Goiás, além de Brasília.
No concurso, concorreram queijos produzidos nas regiões caracterizadas e reconhecidas como produtoras da iguaria: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Cerrado, Serra do Salitre, Serro e Triângulo Mineiro. No total, foram 185 queijos, todos legalizados e com inspeção municipal ou estadual.
Este ano, além do júri técnico, também foi eleito o melhor queijo por uma comissão formada por jornalistas. Eles avaliaram os 20 queijos finalistas selecionados pelos jurados técnicos. O escolhido foi queijo do produtor Sérgio Antônio Rodrigues Costa, do município de Alvorada de Minas, região do Serro. O produtor aprendeu a fazer queijo com os pais. Atualmente, ele faz 50 peças de queijo por dia que são comercializados na cooperativa do Serro. A lista dos vencedores do Concurso Estadual do Queijo Minas Artesanal está no site www.emater.mg.gov.br. (Agência Minas)
Rota do Café e Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira é um roteiro turístico de aventuras fora de estrada e fora de série que conecta importantes pontos de produção e atrações em toda a região das 3 Divisas – Vértice Sudeste MG/RJ/ES no entorno do Pico da Bandeira / Parque Nacional do Caparaó e é uma aventura em off road em 4 dias e 500 km em cada roteiro, em um total de 4 roteiros, que destaca a produção do mais genuíno produto brasileiro: A Cachaça Artesanal de Alambique e destaca também as histórias e tradições da produção dos premiados Cafés das Montanhas.
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Em todo o seu percurso os participantes vão surfando pelas belíssimas montanhas e se deliciando com essas maravilhas gastronômicas produzidas (Café & Cachaça).
O ouro daqui é o ouro negro do café. O bálsamo especial no sabor do licor da mais doce cana que se transforma artesanalmente no maná dos Deuses: A Cachaça Artesanal de Alambique.
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Rota do Café & Cachaça - Caminhos do Pico da Bandeira é um trabalho de criação e realização da Éocombatente Adventure.
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