sexta-feira, 14 de maio de 2021

Operação conjunta apreende drogas avaliadas em mais de R$ 10 milhões

Entorpecentes foram localizados junto com armas, munições e produtos químicos no Bairro Bom Pastor

Delegado informou que, pela quantidade droga e pelos materiais químicos que estavam no imóvel, que deixam o ambiente com um forte odor, dificilmente alguém morava nele (Foto: Fernando Priamo)

Segundo o delegado Rogério Woyame, titular da Delegacia de Repressão a Roubos e um dos coordenadores da investigação, o trabalho policial, a partir de agora, será focado na identificação de outros envolvidos no esquema, em Juiz de Fora, assim como na dinâmica de como era a movimentação da droga no município.


Conforme Woyame, o homem preso, que não teve sua identidade divulgada, foi levado para a Delegacia de Santa Terezinha, acompanhado de um advogado e se reservou ao direito de permanecer calado. “Mas não resta dúvida sobre seu envolvimento, e ele será encaminhado ao sistema prisional, sendo indiciado por tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, na questão das armas ilegais e dos próprios produtos químicos”, afirmou durante coletiva à imprensa.


O delegado informou que, pela quantidade droga e pelos materiais químicos que estavam no imóvel, que deixam o ambiente com um forte odor, dificilmente alguém morava nele. “Além da grande quantidade de droga, também chama a atenção a variedade. Eles estavam extraindo óleo da maconha para fazer haxixe e transformando pasta base de coca para transformar em cocaína em pó para venda. Então, o local não era só para guarda, mas para fazer o refino da droga e, por conta disso, acreditamos que a maior parte seria vendida aqui em Juiz de Fora. A própria apreensão do ecstasy chama a atenção, porque não estão sendo realizadas festas raves na cidade e tudo isso será investigado”, adiantou.


Investigação de roubo e clonagem de veículos

Ainda segundo o titular da Repressão a Roubos, a localização da droga foi resultado de uma investigação, que há meses vem sendo realizada de forma conjunta com a PRF, envolvendo roubo e clonagem de veículos. “Podemos dizer que a relação do veículo clonado com o tráfico é que os criminosos acabam roubando e clonando veículos para fazer o transporte da droga. E, nesse caso de hoje, quando os policiais foram atrás do suspeito de clonagem, encontraram o local cheio de droga”, explicou.


O policial Leonardo Facio, da PRF, também participou da coletiva, e destacou que essa investigação entre as duas polícias visava a identificação de veículos clonados. “Por meio da identificação de um desses veículos, foi possível perceber que, além de ser clonado, estava envolvido no tráfico de drogas. Com a busca por esse veículo, que é uma caminhonete, acabamos encontrando o local onde as drogas estavam armazenadas, já que ela estava na garagem do edifício onde fica o apartamento.”


Ainda como apontou Facio, o grande montante de drogas encontrado é surpreendente. “Esse apartamento não é muito grande, e essa quantidade, geralmente, é encontrada dentro de caminhões, fazendas, galpões”, disse, acrescentando que: “assim como Juiz de Fora é referência para empreendimentos legais, tem sido referência para empreendimentos ilícitos, fazendo parte de uma rota de tráfico, clonagem e roubo de veículos. Temos percebido que o município pode estar sendo usado como depósito de drogas para distribuição para outras cidades da região.”



Prejuízo para o crime

Para o delegado regional de Juiz de Fora, Armando Avólio, essa foi mais uma operação de sucesso da Polícia Civil em conjunto com a Polícia Rodoviária Federal. “Foi muito exitosa essa ação, uma vez que conseguimos dar um prejuízo de mais de R$ 10 milhões para essa organização criminosa. Acreditamos que, tão importante como tirar essas armas e drogas de circulação, é o prejuízo financeiro, que dificulta a volta da organização para esse mercado ilícito e, assim, quem ganha é a população de Juiz de Fora”, ressaltou.


Avólio enfatizou que acredita que a maior parte da droga seria para abastecer Juiz de Fora, mas a investigação irá continuar para apurar quais seriam os outros destinos da droga e das armas. “Não acreditamos que poderia sair do país, porque Juiz de Fora tem uma localização muito favorável para distribuição em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. A origem da droga também está sob apuração”, pontuou.


“As investigações vão continuar, porque se trata de uma organização criminosa, que tem tentáculos, e pretendemos chegar aos outros envolvidos”, destacou o chefe do 4º Departamento de Polícia Civil, Gustavo Adélio Lara Ferreira.


Fonte TRIBUNA DE MINAS

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