A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as crianças menores de dois anos de idade não tenham acesso às telas, e aquelas que têm de dois a sete anos, fiquem no máximo uma hora. O Colégio Bom Jesus preparou algumas dicas de atividades lúdicas que podem auxiliar nessa missão
As férias escolares são sempre um desafio para os pais no sentido de envolver as crianças em atividades motivadoras e que auxiliem no seu desenvolvimento físico e emocional.
Por isso, a assessora pedagógica do Colégio Bom Jesus Divina Providência, de Curitiba (PR), Alessandra Machado, preparou algumas dicas para ajudar as famílias nessa missão: relaxar, descansar e, ao mesmo tempo, manter as crianças ativas e com atividades desafiadoras e, ao mesmo tempo, prazerosas. Afinal, férias é sinônimo de diversão, mas também pode ser uma excelente oportunidade para aprender com atividades lúdicas.
“Além de criar memórias afetivas com os pequenos, toda a família tem a oportunidade de se distanciar um pouco do ambiente virtual, tão prejudicial para o desenvolvimento infantil, quando usado em excesso e sem supervisão”, diz Alessandra.
As atividades podem contribuir para isso, o que é recomendável pela Organização Mundial de Saúde (OMS): o órgão diz que as crianças menores de dois anos de idade não devem ter acesso às telas, e para aquelas que têm de dois a sete anos, recomenda-se que fiquem no máximo uma hora por dia olhando celulares ou computadores. A Sociedade Brasileira de Pediatria diz que na faixa etária entre seis e dez anos de idade, o máximo recomendável chega a duas horas por dia, e dos 11 aos 18 anos, entre duas e três horas por dia.
Veja as dicas abaixo.
- Visitar uma biblioteca, livraria ou espaços que propiciem a leitura
Juntos, pais e filhos podem escolher livros atrativos e do interesse dos pequenos. Fazer leitura compartilhada, em que cada um lê um pouquinho do livro. Incluir pausas em determinada parte da história para tentar prever como ela vai terminar e então verificar se as hipóteses estavam corretas. “Transformar-se nos personagens, e até criar novas histórias. Tudo isso propicia uma significativa oportunidade para as famílias ampliarem a imaginação e fazerem uma viagem pelas histórias”, completa Alessandra.
- Conhecer novos lugares
Visitar museus, praças, parques e lugares temáticos é uma excelente maneira de proporcionar aos pequenos novas experiências. Especialmente lugares que eles ainda não conhecem, o que estimulará a curiosidade sobre o local onde vivem.
- Acampar na sala
Isso mesmo! Uma colcha, cobertor ou lençol podem se transformar numa bela barraca quando presa em cadeiras ou sofás. “Fazer um lanchinho, manusear os brinquedos preferidos ou até fazer uma leitura dentro de uma cabana estimula a imaginação das crianças. Se for à noite, uma lanterna trará um clima ainda mais especial para esse jogo simbólico de acampamento”, diz a assessora pedagógica.
- Brincar de “exploradores”
Com rolos de papelão ou um pedaço de cano de PVC, colando na ponta um pedaço de papel celofane, pode-se construir um incrível binóculo, uma luneta ou ainda usar uma lupa. Então, é só procurar um espaço ao ar livre e pronto: está feita a brincadeira. “Pode ser o jardim de casa, condomínio, praça ou parque. Mas é interessante explorar os espaços com atenção! Observar as flores, as árvores, coletar folhas diferentes, procurar pequenos insetos, ver as construções, observar as pessoas. Trata-se de uma oportunidade de ressignificar o espaço de convivência”, diz Alessandra. Ela recomenda, ainda, levar um caderno para registrar tudo de interessante que encontrar, dessa forma, pais e filhos terão um belo diário de descobertas para relembrar.
- Fazer um piquenique ao ar livre
Para organizar esse momento, é importante separar uma toalha e cesta ou recipiente para transportar os alimentos preferidos da criançada. Depois, escolher um local ao ar livre (pode ser até o quintal de casa ou algum parque da cidade). Então, outras atividades podem ser incluídas. “Joguem bola, brinquem de pega-pega, esconde-esconde. Não esqueçam de deitar e olhar as nuvens no céu, apreciando suas formas. Com imaginação, poderão ser vistas figuras incríveis”, recomenda Alessandra.
- 6. Criar brinquedos com materiais alternativos em casa
Objetos simples, que quase todas as famílias têm em casa, podem se transformar em brinquedos muito interessantes para a criançada. Grampos de roupa, uma caixa de papelão e uma bola de isopor podem virar um jogo de pebolim. Pedaços de tecido e fitas se transformam em roupas novas para as bonecas. Meias velhas, lã, barbante, botões, quando unidos à criatividade, facilmente tomam forma de fantoches. Tampinhas de garrafas e uma cartolina podem se transformar em futebol de botão, tabuleiro de xadrez, trilha. A garrafa PET, quando cortada por um adulto, com uma bola de jornal amarrada em um barbante, se tornará um divertido bilboquê. Algumas garrafas decoradas tornam-se pinos de boliches. Folhas de jornal ou revistas assumem o lugar de uma pista desafiadora, seguindo por um caminho repleto de desafios criados pelos pequenos. “Quando as crianças criam seus próprios brinquedos, desenvolvem habilidades de coordenação motora, criatividade, planejamento e execução. As crianças podem elaborar as regras dos jogos; dessa forma aprendem desde pequenos a importância de segui-las”, explica a assessora pedagógica.
- Colocar a mão na massa
Que tal criar algo na cozinha com os pequenos e estimular hábitos alimentares saudáveis? Com a supervisão dos pais, eles podem preparar bolos, bolachas com diferentes formatos, sanduíches decorados, salada de frutas. As receitas podem ser registradas e ilustradas em um livro decorado pelo próprio “mestre-cuca”. E não é só brincadeira: essas atividades, segundo Alessandra, são ótimas para o desenvolvimento das crianças. “Além do estímulo à leitura da receita, outros conceitos são contemplados, como quantidades, medidas de massa, capacidade, noção de tempo, estímulo à alimentação saudável”, lembra ela.
- Fazer arte
Alessandra também recomenda o uso de lápis, canetinhas, giz e tintas para dar asas à imaginação e realizar pinturas em papéis, quadros, entre outros. “A ideia é que a criança represente imagens preferidas, ampliando a imaginação, estimulando a criatividade e desenvolvendo a coordenação motora, além do planejamento”, explica. Papéis coloridos podem virar dobraduras, que se unem aos desenhos para compor um cenário. Outros materiais podem se integrar à arte, como lantejoulas, forminhas de papel, adesivos ou papéis de diferentes texturas, por exemplo.
- Criar uma “caça ao tesouro”
Criem uma verdadeira aventura e um desafio ao esconder um objeto pela casa, que deverá ser encontrado a partir de pistas elaboradas por quem escondeu. Essas pistas podem virar verdadeiros enigmas que os detetives mirins deverão desvendar. Pronto: está feita uma caça ao tesouro. Segundo Alessandra, nessa atividade a leitura e interpretação serão muito estimuladas.
- Praticar jogos de tabuleiro
Alessandra também recomenda os jogos, pois desenvolvem conceitos importantes ao desenvolvimento infantil, como saber ganhar e perder, raciocínio, estratégia, planejamento, interpretação, entre outros.
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