quarta-feira, 7 de junho de 2023

PCMG conclui investigação sobre mulher que foi enterrada viva em Visconde do Rio Branco

Três suspeitos foram indiciados por tentativa de homicídio triplamente qualificado


A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) concluiu a investigação que apurou uma tentativa de homicídio contra uma mulher em Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira.


Conforme apurado, em 28 de março, a PCMG recebeu informações que uma mulher teria sido resgatada com vida de dentro de uma gaveta funerária do cemitério local. Em seguida, policiais estiveram no local, onde foi realizada perícia e primeiro contato com a vítima, o que possibilitou o início das investigações sobre a autoria dos fatos.


Realizados os trabalhos investigativos, foi requerida a prisão temporária de três suspeitos, bem como mandados de busca e apreensão com a finalidade de levantamento de outras provas e localização dos investigados. Em primeiro de abril, dois suspeitos foram presos quando tentavam fugir para o Rio de Janeiro. O último envolvido foi preso em 20 de abril.


Com análise de laudos e oitivas foi possível comprovar que os três investigados estavam associados para a prática do crime de tráfico e constrangeram a vítima a guardar armas e drogas, as quais teriam sido roubadas por terceiros que não foram identificados até o momento. Em razão do roubo do material ilícito, os investigados agrediram, com extrema violência, a vítima por cerca de duas horas, colocando-a desacordada em uma gaveta funerária, que foi fechada com tijolos e cimento.


A vítima permaneceu "enterrada" na gaveta funerária até por cerca de nove horas, quando foi socorrida, após gritar por ajuda. Funcionários do cemitério ouviram os gritos e chamaram a polícia.


Os suspeitos foram indiciados por associação criminosa, tentativa de homicídio, com qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, sem possibilidade de defesa e por razão de gênero, além do crime de constrangimento e de violação de sepultura.


Durante as investigações foram apurados outros fatos criminosos praticados pelos suspeitos, sendo remetidos para o Poder Judiciário outros dois procedimentos com indiciamento dos investigados por tortura.

Fonte Cláudio Oliver/PCMG

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