sexta-feira, 24 de junho de 2022

Polícia Federal investiga quadrilha que desviava dinheiro das prefeituras

 

 

A Policia Federal prendeu nesta quarta-feira 22, um grupo de hackers responsável pelo desvio de mais de três milhões de reais das prefeituras de Dores do Rio Preto, Santa Leopoldina e Apiacá. Eles invadiam as contas bancárias das prefeituras, pela internet para pagar dívidas tributárias. A operação denominada CyberCafé, deflagrada pela Polícia Federal cumpriu onze mandados de busca e apreensão em seis municípios do Estado, além de sequestrar bens, entre joias, veículos, sequestro de depósitos em contas bancárias, criptoativos e imóveis, ao valor de aproximadamente R$ 6 milhões.
 

Para as invasões ao sistema dos bancos os criminosos utilizavam dois métodos para conseguir as informações pessoais das vítimas, o pushing, que consiste em se passar por um funcionário do banco para conseguir os dados e o acesso remoto.

Esses ataques ocorreram no período de 2017 a 2020 e os hackers utilizavam destes recursos para pagar boletos de impostos sobre comercio de café. A prefeitura de Dores do Rio Preto (ES), foi alvo do maior desvio, sendo retirado das contas um valor aproximado de R$ 1,8 milhões.

 

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos em: Vila Velha – quatro pessoas; Guarapari – duas pessoas, Venda Nova do Imigrante – duas pessoas; Serra – uma pessoa; Conceição do Castelo – uma pessoa; Pinheiros (Região Norte) – uma pessoa. O prejuízo financeiro ficou por conta dos bancos, que devolveram os recursos desviados das contas das três prefeituras, como declararam os prefeitos Cleudenir José de Carvalho Neto – Dores do Rio Preto, Fabrício Thebaldi – Apiacá e Romero Luiz Endringer – Santa Leopoldina.


Também foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Minas Gerais (4), São Paulo (2) e Santa Catarina (1).
 

De acordo com a Polícia, os investigados na operação poderão responder aos crimes de furto qualificado mediante fraude, lavagem de dinheiro e associação criminosa. A pena, caso sejam condenados, pode chegar a 21 anos de prisão.



ENTENDA O CASO


As investigações se iniciaram após uma ação preliminar identificar um grupo criminoso especializado em fraudes bancárias atuando no Estado do Espírito Santo.


Após encaminhar as informações para a Polícia Federal no Espírito Santo, a investigação conseguiu, de fato, identificar a existência de grupo criminoso, composto ao menos por três núcleos (Hackers/atacantes, Intermediadores e Beneficiários), que se utilizava de serviços de invasão de contas bancárias, por meio da internet, para desvio de valores ou para quitação de boletos, em especial, de dívidas tributárias junto às Secretaria Estadual de Fazenda do Espírito Santo (SEFAZ/ES).


Os HACKERS/ATACANTES acessavam ilegalmente as contas das vítimas mediante ataque Phishing ou Acesso Remoto (RATs - Remote Access Trojan), desviando os valores para contas de BENEFICIÁRIOS ou para pagamento de boletos da SEFAZ/ES.


Já os INTERMEDIADORES eram responsáveis pelo recrutamento dos BENEFICIÁRIOS e deles recebiam os valores frutos das fraudes, repassando parcela dos valores auferidos com o crime aos HACKERS/ATACANTES.


A atuação do grupo, utilizando desse artifício criminoso, gerou um enorme prejuízo financeiro a vários bancos e empresas, além frustrar o devido pagamentos de impostos que estes foram indevidamente pagos com valores das contas alvos das fraudes.



RAZÃO DO NOME


Os criminosos investigados operam exclusivamente na internet, no meio cibernético. Por sua vez, os maiores beneficiários das fraudes cometidas são empresas que atuam no comércio de café do Espírito santo, daí o nome CyberCafé.


Com informações de A Notícia do Caparaó e da Polícia Federal / ASCOM

Transcrito Destaque Diário.

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