Especialista atua na prevenção e no tratamento
de doenças que atingem as mamas e o aparelho reprodutor feminino
Os cuidados com a saúde da mulher
incluem a visita regular ao ginecologista.
A orientação é para que o acompanhamento seja realizado, conforme informações
das autoridades de saúde. No entanto, podem surgir dúvidas sobre mudanças na
periodicidade ou, até mesmo, a possibilidade de interromper as consultas com o
passar do tempo.
O médico ginecologista é especialista no
cuidado e tratamento da saúde das mamas e do aparelho reprodutor feminino, no
período de fertilidade da mulher. Contudo, sua função não se interrompe a
partir da menopausa ou da redução da vida sexual, conforme explica o Ministério
da Saúde.
Isso porque ao longo da vida da mulher,
ela passa por diferentes fases que exigem atenção e cuidados especiais. Durante
a puberdade, o especialista acompanha o seu desenvolvimento, podendo
identificar e tratar problemas de origem hormonal. A ginecologista e membro da
Comissão Nacional Especializada em Ginecologia Infanto-Puberal da Federação
Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), Cláudia
Barbosa Salomão, informa que as consultas devem ter início aos dez anos,
independente de a menina já ter ou não menstruado.
O profissional é responsável por
orientar e tratar condições como menstruação irregular, alterações hormonais,
dificuldades sexuais, infecções sexualmente transmissíveis, corrimentos
vaginais, planejamento da maternidade e prevenção ao câncer de mama e tumores
no aparelho reprodutor.
A partir da terceira idade, a
ginecologia torna-se uma especialidade multidisciplinar, olhando a mulher além
do sistema reprodutor e das mamas. Dessa forma, o profissional pode solicitar
exames de ultrassonografia de abdome para monitorar rins, bexiga, fígado,
pâncreas e vesícula. Outro exame importante é a densitometria óssea, já que é
comum a perda de massa óssea como consequência da menopausa.
Acompanhamento ginecológico e prevenção
ao câncer
Assim que começa a vida sexual feminina,
o ginecologista solicita que a paciente realize o exame de Papanicolau. Também
chamado de preventivo, é capaz de detectar alterações nas células do colo do
útero. Sua frequência costuma ser mais necessária entre os 25 e 59 anos.
Por meio dele é possível diagnosticar
uma série de patologias, além de nódulos e cistos que, quando não identificados
precocemente, podem evoluir para o câncer
de colo de útero, terceiro tipo de tumor maligno mais comum em mulheres,
atrás apenas do câncer de mama e do colorretal, conforme informações Instituto
Nacional do Câncer.
De início, o preventivo deve ser feito
anualmente. A partir de dois exames anuais seguidos sem alterações, sua
frequência pode passar a cada três anos. Clamídia, sífilis, gonorreia, HPV,
candidíase e tricomoníase são algumas das doenças detectadas pelo Papanicolau.
A partir dos 65 anos, o risco de câncer
de colo de útero cai drasticamente. Portanto, quem não apresentou alterações
preocupantes até os 64 anos só precisará fazer o exame a cada três anos,
seguindo a recomendação médica.
Câncer de mama
Além do câncer de colo de útero, o
ginecologista também auxilia na detecção de tumores nas mamas, auxiliando na
prevenção e no diagnóstico precoce da doença. Já o mastologista é o
profissional que cuida da mama em si e do tratamento para o câncer.
Para fazer o diagnóstico, o médico
costuma solicitar a ultrassonografia de mama e axilas para pacientes a partir
dos 40 anos, além de mamografia bienal a partir dos 50 anos. Para quem tem
histórico familiar da anomalia ou lesões nodulares na mama, a orientação é
realizar o exame clínico e a mamografia a partir dos 35 anos, com repetição
anual.
O tratamento
do câncer de mama pode ser dividido em dois tipos: local e sistêmico. O
primeiro é feito com cirurgia, radioterapia e reconstrução mamária, enquanto o
segundo é composto por quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica.
Ao contrário do câncer de colo de útero,
cujas chances de surgimento caem com o passar dos anos, o de mama é mais
frequente entre os 50 e 69 anos. Portanto, mesmo a partir dessa faixa etária, é
preciso fazer o monitoramento.

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