Sistema Faemg Senar e Sindicato dos Produtores Rurais foram fundamentais para as mudanças realizadas na propriedade
No Sítio Vó Emília, em Espera Feliz, a liderança feminina é um marco há quase 100 anos. em 2018 as irmãs Viviane e Luciane da Silva de Oliveira começaram a se envolver diretamente na cafeicultura em área herdada pela mãe e desde 2023 estão à frente da propriedade. Para alavancar a atividade elas apostam em conhecimento, qualidade, agroecologia e em uma marca própria: a Sempre-vivas.
“Conhecer o Sistema Faemg Senar foi um divisor de águas”, afirmou Viviane que já fez diversos cursos relacionados à cadeia do café e participou do Programa Gestão com Qualidade em Campo (GQC) oferecido pelo Sindicato dos Produtores Rurais de Espera Feliz. “Os cursos trouxeram conhecimento que eu não tinha, com uma metodologia interessante e que facilita o aprendizado. E o GQC nos trouxe visão de negócio e planejamento para modernizar a gestão”, comentou.
Na busca constante por melhorias, as irmãs entraram no Programa de Assistência Técnica e Gerencial - ATeG Café+Forte, mais uma revolução para o Sítio Vó Emília. Com acompanhamento mensal do técnico Mário Pechara e a aplicação do conhecimento adquirido nos cursos, as irmãs estão mudando o rumo da propriedade, renovando lavouras antigas e de baixa produtividade, diminuindo os custos de produção, beneficiando e comercializando o café com a marca Sempre-Vivas.
“Aprendemos a cuidar melhor da lavoura e da gestão com o Senar Minas. Isso mudou tudo”, destacou Viviane. O foco do trabalho é a qualidade do café. O técnico do ATeG, Mário Pechara explicou que a estratégia desenvolvida já mostra excelentes resultados. “No ano anterior, com 72 sacas colhidas, a renda bruta foi de R$92.800. Este ano, com apenas 10 sacas, elas alcançaram R$ 93 mil, graças ao grande valor agregado ao produto”.
Mário ainda destaca que as produtoras desenvolvem o manejo agroecológico e atualmente a propriedade que já possui o selo Certifica Minas, está em processo de certificação de produção sem agrotóxicos (SAT) pelo Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA). “Estamos sobressaindo dessa forma para mantê-las no campo com a propriedade ativa”, comentou Mário.
Satisfeita com os resultados alcançados até agora, a produtora Viviane conta que o plano é manter e fortalecer a produção agroecológica, aumentar a produtividade e conquistar mais mercado. “Estou prestes a me aposentar e pretendo me dedicar 100% ao café”. Para o agente de desenvolvimento rural do Sindicato dos Produtores Rurais de Espera Feliz, Leonardo Chaves, as irmãs são “um exemplo de perseverança e de que o conhecimento muda a realidade no campo”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário