sábado, 11 de maio de 2024

Dica Especial. Parábola os cegos e o elefante



OS CEGOS E O ELEFANTE 

Um grupo de cegos, que nunca encontraram um elefante antes, é levado a um elefante para aprender e descrever o que é o animal. Cada cego toca uma parte diferente do elefante:

Um cego toca a lateral do elefante e conclui que o elefante é como uma parede.
Outro toca a presa e afirma que o elefante é semelhante a uma lança.
Um terceiro apalpa a tromba e diz que o elefante se parece com uma cobra.
O quarto segura a perna do elefante, descrevendo-o como uma árvore.
O quinto sente a orelha e decide que o elefante é como um leque.
O último segura a cauda e acha que o elefante é semelhante a uma corda.

Após a experiência, eles discutem acaloradamente, cada um convencido de que sua percepção é correta e os outros estão errados. A moral da história é que, embora cada um esteja correto em relação à sua experiência direta, todos falham em perceber a totalidade do elefante. A parábola sugere que nossas percepções subjetivas do mundo são verdadeiras, mas incompletas, e que a disputa pode ser resolvida com uma compreensão mais ampla e a aceitação das diferentes perspectivas. Isso nos mostra o seguinte:

1 - Ver a parte não nos dá direito de julgar ou deduzir o todo.

2 - Somos cegos em relação ao todo, e por isso, enxergamos apenas uma fração da realidade.

3 - As pessoas costumam brigar com as outras para defender a ideia de que sua fração da realidade é a mais correta, a mais precisa, a mais verdadeira.

4 – As religiões do mundo com suas múltiplas visões podem ser como esses cegos que apalpam a realidade com sua visão restrita e creem ser a percepção apequenada a única correta.

5 - Algumas pessoas criam doutrinas, religiões e teorias para explicar a totalidade da vida através das partes que conseguem enxergar. O cego que apalpa a barriga pode criar a religião do "Barriguismo", outro pode apalpar a pata e criar a doutrina "Patista", outro cego pode apalpar a orelha e criar a teoria "Orelhista" para explicar o elefante pela orelha, e assim por diante. Mas todas as doutrinas, religiões teorias ou visões de mundo serão imprecisas, pois nenhuma delas tem a visão do todo, mas apenas a visão de fragmentos do real com base em nossa percepção limitada das coisas.

Assim, a parábola dos cegos e do elefante ilustra a relatividade da percepção e como nossas experiências limitadas podem levar a interpretações distintas da realidade. A estória tem origem em tradições antigas da Índia e é frequentemente utilizada em contextos religiosos e filosóficos para discutir a verdade e o conhecimento.

Esta história é usada para ensinar que devemos considerar que nossas perspectivas limitadas podem levar a conclusões parciais ou equivocadas sobre a natureza de objetos complexos ou ideias abstratas. Ela nos incentiva a reconhecer a importância da comunicação e do respeito pelas diferentes perspectivas na busca por uma compreensão mais completa da realidade. As pessoas lutam umas contra as outras para determinar a sua verdade, e assim muitas guerras foram criadas pelos cegos tocando partes diferentes do elefante e crendo infantilmente serem as únicas detentoras do saber total.

Hugo Lapa

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