Além dos
exportadores, outros produtores do grupo celebram bons negócios
A primeira
exportação de um produto é o objetivo de muitos produtores rurais. E a
conquista foi concretizada pela família Serafim, de Pedra Bonita, que conseguiu
enviar as primeiras remessas de cafés especiais ao exterior. O mérito foi
alcançado após a entrada no Programa de Assistência Técnica e Gerencial – ATeG
Café + Forte, do Sistema Faemg Senar.
“Ano passado foi
a primeira vez que fizemos cafés especiais. Participamos do Cupping do ATeG,
fomos à Semana Internacional do Café (SIC) e nosso café ficou conhecido na
região”, contou Ranilson Lopes Serafim, que cuida da produção junto ao pai,
Armindo Serafim, a mãe, Lauriceia Serafim e os irmãos.
O jovem de 21
anos foi quem esteve à frente do processo que garantiu a primeira exportação de
café feita pela família este ano. Seis sacas do café, avaliado em 88 pontos na
escala SCA (Specialty Coffee Association), levaram os sabores das Matas de
Minas para o Canadá e os Estados Unidos.
Ganhos
Para Ranilson
Serafim, o ATeG Café+Forte representou uma grande mudança. “Passei a vida toda
vendo o meu pai trabalhar com café. Muitos compradores nos procuravam para
comprar o nosso produto, mas como a gente não conhecia a qualidade, não
sabíamos como negociar pelo preço que ele vale. Aos poucos vamos valorizando o
nosso trabalho. Com o ATeG e os cursos do Sistema Faemg Senar hoje temos mais
informações, tecnologia e controle financeiro”, citou o jovem.
Após a
exportação, ele garante que agora a qualidade é o foco da família.
"Queremos investir mais na qualidade que nos dá um retorno imediato. Para
nós que trabalhamos só com mão de obra familiar, compensa mais se dedicar à
qualidade do que pensar em quantidade", afirmou.
A técnica de
campo do ATeG que acompanha a família, Cristiene Martins, intermediou o contato
dos produtores com a empresa responsável por viabilizar a comercialização. Para
ela, os resultados obtidos refletem o bom trabalho feito por Ranilson e
familiares, além do empenho para absorver os aprendizados com o ATeG. “Sabia da
qualidade do produto e incentivei a família a buscar novos mercados. Dei
suporte para enviarem a amostra, fazer a negociação e envio dos cafés”,
explicou.
Vendas
nacionais
Além da
exportação, a família também está conseguindo negociar melhor as vendas no
Brasil, com a venda do café da Fazenda Serafim torrado e moído em pequenas
quantidades. “Estamos trabalhando mais a divulgação do nosso produto e nos
preparando para fazer ainda mais cafés de qualidade nas próximas safras”, citou.
Ranilson disse
que a família ainda tem diversos aprendizados a partir da participação no ATeG
Café+Forte. “Aprendemos com cada experiência nova e depois dos quatro anos do
Programa já estaremos no nível avançado e vamos conseguir seguir por conta
própria”, projetou.
Mais
casos de sucesso
O grupo do ATeG
Café+Forte acontece em Pedra Bonita desde 2021, por meio do Sindicato do
Produtores Rurais de Miradouro. Em 2022, o agricultor familiar Irineu Alves,
foi o terceiro colocado no Cupping ATeG, região das Matas de Minas. (http://www.sistemafaemg.org.br/inaes/noticias/1-ano-campeao-do-ateg-cafeforte-em-pedra-bonita ) e vendeu o
café premiado por R$2100 a saca.
Também no ano
passado, Mateus Silva e Márcio Antônio da Mata foram campeões do concurso
municipal e fizeram bons negócios com cafeterias. Mateus vendeu três sacas a
R$3000 cada e Márcio 2,5 sacas a R$4000 cada.
“Todos
conseguiram valores superiores aos do mercado tradicional e ficaram felizes e
satisfeitos, comentou a técnica de campo.
Cristiene
salientou que a comercialização ainda é um desafio e encontrar novas
alternativas de mercado é uma solução proposta e trabalhada pelo ATeG. “Eles
reconheceram que vale a pena investir no produto aprimorando a qualidade
principalmente na pós-colheita. Estão empolgados, preparando novos lotes com
cuidado e carinho para participar dos concursos e levar seus cafés especiais
mundo afora”, concluiu.
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