Caridade, primícia de Deus
Estudioso do Apocalipse, o escritor e
pregador espírita Cairbar
Schutel (1868-1938), no livro Interpretação
Sintética do Apocalipse, referindo-se aos “cento e quarenta e quatro mil selados que foram comprados da Terra” (Apocalipse,
14:3) — que sabemos ser o número-qualidade de que nos falava Alziro Zarur (1914-1979) —,
explica que João Evangelista, “empregando a expressão ‘foram comprados da
Terra’, quis significar que os cento e quarenta e quatro mil se devem fazer
reconhecer pelo seu desprendimento das coisas do mundo, pela sua moral, pela
sua humildade, finalmente, pela sua
caridade, virtude que é a primícia para Deus”. (O destaque é meu.)
Sem o espírito de Caridade, que é Deus,
pois Ele é Amor, ninguém retamente decifrará de forma justa o Recado Celeste,
dirigido aos seres da Terra e aos Espíritos do Céu da Terra, pelo Apocalipse.
Como já citei na pregação da série
radiofônica “O Apocalipse de Jesus para os Simples de Coração”, não podemos
decifrar um Livro Sagrado de um Deus que é Amor, motivados por ódio ou inveja.
Seria cavar a própria sepultura pela Eternidade.
Oportuna se faz esta reflexão que nos
apresenta o sábio chinês Confúcio (551-479
a.C.), em sua obra Os Analectos (XII:10): “Faça o seu princípio norteador dar o melhor
de si pelos outros e ser coerente com aquilo que diz (...)”.
Procuremos então, humilde e
diligentemente, trilhar a vereda do Progresso Espiritual. Ela nos foi aberta
por Jesus, o Filho Primogênito do Pai Celeste, para que nos tornemos
também Primícias Divinas.
José de Paiva Netto ― Jornalista, radialista e escritor.
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