Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (31), o Ministério Público, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) detalhou a quarta fase da operação “Catarse”, deflagrada em Muriaé. De acordo com o MP, os delitos eram praticados no contexto de um complexo esquema criminoso levado a efeito por ex-vereadores que atuaram em Muriaé entre 2014 e 2020, e empresários, consistente na emissão de notas fiscais “frias” emitidas com o único fim de legitimar o pagamento ilícito de verbas de gabinete aos parlamentares investigados, inclusive no cenário de empresas, imóveis e veículos registrados em nome de laranjas. São investigados crimes como lavagem de dinheiro e peculato.
Além de Muriaé foram cumpridos mandados de busca e apreensão em Divino, Ubá e Eugenópolis. Ainda segundo o MP, em todas as fases da operação, somam-se 16 pessoas denunciadas e 696 crimes apurados. Dois dos alvos exerceram a presidência da Câmara Municipal de Muriaé, sendo um deles vereador afastado do cargo e outro ex-vereador e policial militar da reserva, o Sargento Joel que já se encontra preso em Ubá.
A operação contou com a participação de promotores de Justiça, servidores do MPMG, policiais do Departamento Estadual de Operações Especiais (Deoesp), da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Delegacia Regional de Muriaé, todos da PCMG, e do Grupo de Combate ao Crime Organizado (GCOC) da 4ª Região da Polícia Militar.
Balanço da operação Catarse até o momento
Num balanço geral da operação Catarse, já foram cumpridos 53 mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão preventiva, dois mandados de prisão temporária, dois afastamentos dos cargos públicos, bem como a constrição e o bloqueio de bens e valores dos investigados, assim como pedido indenizatório de mais de um milhão de reais, a título de dano moral coletivo.
Fonte Rádio Muriaé
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