Sobrepujar a Dor
Paiva Netto
A sabedoria antiga revela que as
criaturas humanas podem expressar sua melhor capacidade justamente pela atitude que têm diante da Dor.
Especialistas do comportamento
humano concordam que, em situações adversas, quando o sofrimento nos surpreende
de maneira tão cruel, a superação requer postura de coragem. Deixar de lado
sentimentos de angústia e revolta é igualmente indispensável.
Aos que acreditam em um poder
superior, na Eternidade, de forma geral, a provação é mais prontamente aceita, enfrentada e vencida. Contudo, mesmo os céticos podem
encontrar energia construtiva para dar novo sentido às suas existências. Temos,
por exemplo, a Caridade, o
auxílio ao próximo, como emblemática
ferramenta de reconstrução de nossa própria felicidade.
Não temer os desafios
A crise é o teste da inteligência. A
luta instiga o nosso valor. Por que temer os desafios? É a maneira escolhida
por Deus para premiar a nossa capacidade. E qualquer vitória no campo
espiritual e físico exige sacrifício.
Vitória ao alcance
Ninguém pode sentir-se derrotado
antes mesmo de tentar o sucesso. Refletindo a respeito do estado de espírito
que devemos manter, de forma que tornemos realidade as boas metas que
estabelecermos para a nossa existência, concluí: todas as vitórias estão decididamente ao nosso alcance pela força do
nosso próprio e valoroso trabalho. Portanto, de nossa criatividade
diligentemente bem aplicada. Administrar
é chegar antes!
O negativismo atrasa o progresso
É indiscutível que a conduta psicológica
negativa de lideranças e liderados não contribui em nada para o crescimento
social das populações. Estou com o escritor, professor e pastor metodista
norte-americano William Arthur Ward (1921-1994)
quando diz: “O pessimista queixa-se do
vento; o otimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas”.
Assim sendo, não percamos tempo!
Ajustemos as nossas velas e sobrepujemos os vendavais, a fim de concretizar o
Bom Ideal que cultivamos. Isso não tem nada a ver com o famigerado “os fins justificam os meios”, atribuído
a Maquiavel (1469-1527),
autor de O Príncipe. Mas é
triste ver alguns pensadores de grande valor, antigos demolidores de
preconceitos e tabus, depois de tanta luta, declarar-se desiludidos de tudo.
Ora, quando eu era menino, ouvia, na voz dos mais antigos, este conforto
de Teócrito (aprox.
320-250 a.C): “Enquanto há vida, há
esperança”.
Certa vez, o saudoso Dom Hélder Câmara (1909-1999),
arcebispo emérito de Olinda/PE, Brasil, com a sua inata certeza de eras mais
felizes para os povos, manifestou-se desta forma: “Feliz de quem atravessa a vida inteira tendo mil razões para viver”.
José de Paiva Netto, jornalista, radialista e escritor.
_______________________________
Serviço — E-book A Esperança não morre nunca (Paiva
Netto). Você pode
baixar gratuitamente o livro digital e/ou audiolivro acessando www.paivanetto.com/esperanca
Nenhum comentário:
Postar um comentário