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Um homem de bem --
Nunca imaginei a possibilidade de escrever sobre sua ausência na
vida. Faltam
palavras, pois
ainda não acredito. Olho seu retrato e penso que posso iniciar um diálogo. Parece um
delírio.
Apesar disso, mesmo diante dessa dificuldade tenho certeza que os colegas de
trabalho e os amigos sentirão muito sua falta porque você foi um homem muito
querido, sério, honrado, trabalhador, confiável e sobre tudo humano.
Recordo-me de quantas e quantas vezes, nas horas de lazer, eu, você e o seu maior
amigo Dr. José
Maurício de Lima Nolasco, abordávamos questões da vida. Questões financeiras e econômicas
de nossa terra, a
fim de que a classe menos favorecida pudesse ter acesso aos indispensáveis bens
materiais da vida, à emprego e etc.
Você era um homem de
pensamento político definido e esperava que os homens de bem gerissem
honestamente as coisas do país. Principalmente, em favor dos menos favorecidos. Em nossa terra esperava
que o progresso retomasse a fim de que todos tivessem acesso ao trabalho e a
produção de bens. Você
participou ativamente das propostas que lhe foram delegadas nesse sentido.
Todavia, o que mais me fez admirá-lo foi sua fidelidade, admiração e
respeito a aquele amigo de mais de 60 anos. O que seria de nós sem a presença dele. Foi ele que nos
aproximou nos unindo num trabalho comum sobre sua direção, onde tive a
oportunidade de estreitar nossa amizade e nos conhecermos melhor. Sei que vou
sentir muito sua ausência, sua firmeza, sua habilidade em descomplicar coisas complicadas, seu companheirismo nas
necessidades, e
sobretudo seu respeito e consideração para comigo como um parente mais velho.
Os fatos passam, as palavras passam, mas o afeto não, e a convivência que
tivemos jamais será esquecida. Tinha o dever moral de escrever-lhe estas palavras, senão para que serve existir.
Honro-me em ter sido seu amigo. O terrível luto não é só de sua
família (Dª. Silda, Rita, Bruno e Breno), atinge também a família
do Dr. José
Maurício Nolasco da qual você era considerado um membro efetivo pela sua longa
amizade que os uniu sinceramente. Lembro-me que disso você muito se orgulhava, prova de como os considerava.
Resta-me apresentar as minhas condolências que sei são de seus
amigos e dos colegas do Tribunal, e me permita agradecer-lhe sinceramente pela solidariedade quando
necessária. Você foi um grande homem, filho, esposo e pai.
Muito mais poderia escrever Flávio sobre a sua grandeza, mais
quanto mais tento fazê-lo mais aumenta a angústia da certeza da sua definitiva
ausência física.
Saudades
amigo, muita
saudade!
Fica o vazio e a perplexidade de todos seus amigos pelo terrível
e inevitável acontecimento. E a saudade eterna dos momentos felizes.
José Cirilo Ferreira
Faço minhas as palavras do Cirilinho. Saudade eterna.
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