Livro aposta na ludicidade para aproximar crianças da matemática

"O grande contador de pedrinhas", lançamento da Editora Trix, narra o gosto do menino Vicente pelos números e inspira os pequenos leitores

Propor o encantamento pelos números desde a infância é a proposta do livro O grande contador de pedrinhas. Assinado pela escritora, autora teatral e roteirista Denise Crispun e com ilustrações de Marilia Pirillo, o lançamento da Matrix Editora oferece um mergulho na matemática, que muitas vezes as pessoas não aprendem a gostar, mas que pode ser admirada por meio do livro.

A obra, que tem como alvo o público infantil, acompanha Vicente, um menino curioso que adora brincar com carrinhos e a sua coleção de animais. O garoto é inspirado na história narrada pela mãe sobre um pastor que usava pedrinhas para contar ovelhas. A partir disso, ele passa a explorar as numerações de forma criativa e dentro da realidade de criança.

As páginas da obra se tornam ferramentas lúdicas e poéticas, aproximando as crianças não só da leitura, mas de um universo em que os números podem ser divertidos e inspiradores para os mais diversos sonhos e desejos. Desta forma, a proposta da autora utiliza objetos do dia a dia, como pedras e brinquedos, para mostrar que a matemática não é apenas uma disciplina escolar, mas uma ferramenta para entender o mundo ao redor.

[...] Vicente preparava pilhas com seus carrinhos e com os pequenos animais selvagens de sua coleção.
E, ao lado de cada pilha de 10, colocava 1 graveto.
(O grande contador de pedrinhas
, p. 22)

Na realidade atual, carregada de informações por meios digitais, com conteúdos genéricos e acelerados, esta leitura vai no sentido oposto: propõe ao leitor o uso constante da imaginação, um encontro com a fantasia para aprender, mas também de experimentar vivências que ficam na memória, com a contação de histórias feitas por familiares.

A publicação traz reflexão para um campo em que os atuais resultados são negativos. De acordo com dados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), o Brasil ocupa uma das piores posições no ranking mundial na área da matemática, com mais de 70% dos alunos abaixo do nível básico de proficiência. O afastamento da disciplina desde a infância contribui para o cenário ruim.

O grande contador de pedrinhas é um convite para unir o prazer da leitura com conhecimento em matérias de exatas já nos primeiros anos de vida, despertando o interesse das crianças pelos números de forma natural e prazerosa. Um importante apoio para pais, responsáveis, educadores e para os pequenos que estão começando a descobrir o mundo.

FICHA TÉCNICA

Título: O grande contador de pedrinhas
Editora: Trix
Autoria: Denise Crispun e Marilia Pirillo
ISBN: 978-65-5616-550-9
Número de páginas: 40
Preço: R$ 56,00
Onde encontrar: MatrixAmazon e livrarias físicas

Sobre a autora

Denise Crispun é carioca, formada em História, mas migrou para Letras, teatro e contação de histórias em diferentes formatos. Já escreveu mais de vinte peças, encenadas por todo o Brasil. Algumas foram premiadas. É também roteirista de TV, criou novelas, programas educativos, séries de humor e desenho animado. Sua escrita é feita em movimento, e a natureza a inspira. Já publicou oito livros para crianças, um de ficção científica para jovens e dois livros para adultos. Em 2024, com o romance Constelações Hipócritas, recebeu o prêmio Carolina Maria de Jesus.

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Sobre a ilustradora

Marilia Pirillo é gaúcha e formada em Comunicação Social. Com 18 anos, começou a trabalhar com ilustração para publicidade, editoriais, embalagens e livros didáticos. Em 1995, ilustrou os primeiros livros de literatura para a infância e segue nesta linha até hoje. Atualmente, ela mora no Rio de Janeiro, é especialista em literatura infantil e juvenil, visita escolas para conversar com os leitores e oferece oficinas sobre ilustração para educadores e mediadores de leitura. Tem, atualmente, cerca de 80 livros publicados com ilustrações e 19 como escritora.

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Sobre a Editora Trix

Trix é um selo infantil da Matrix Editora, voltado para a publicação de literatura para crianças com a mais alta qualidade editorial.

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Rabiscos metapoéticos de um sem noção


Com bom humor e lirismo, Paulo P. Nascentes mescla narrativa, prosa e poesia em português e esperanto para refletir sobre a existência e o poder da escrita

Dorvalino Mendes não sabe ao certo se é poeta, mas escreve, porque é o que traz sentido para sua vida. Professor, escritor, jornalista e bon vivant, ele espalha poemas em português e esperanto, mesmo sem a garantia de que alguém os lerá; porém, certo de que a poesia, muitas vezes ignorada pela pressa do mundo, precisa existir.

Em Rabiscos poéticos de um sem noçãoPaulo P. Nascentes conduz o protagonista a uma jornada por metapoesias. Com bom humor e lirismo, o mestre em Letras questiona o papel do autor contemporâneo em um mundo onde a literatura é frequentemente colocada de lado. Dorvalino relata os desafios de alcançar o sucesso num gênero aparentemente reservado para poucos, e provoca: ser poeta é um ato de resistência? Uma teimosia?

Depois de quase morrer em Percurso às Avessas, primeiro livro em que aparece, o personagem retorna mais velho, agora na casa dos 70 anos, com novos dilemas sobre relações amorosas, familiares e de amizade, a passagem do tempo e o envelhecimento. Além disso, o filho parece seguir os mesmos passos na escrita, e o faz questionar se há espaço para mais um poeta em tempos em que até a Inteligência Artificial pode criar versos.

[...] poesia necessária? Num átimo
como sumisse a balbúrdia
sim necessária demais!
de onde o poema vem poesia é plenitude
(Rabiscos poéticos de um sem noção, p. 37)

Com uma narrativa híbrida, em 20 capítulos, o autor testa os limites entre romance, poesia e conto, e guia o leitor pelos devaneios e ironias do protagonista. Uma coletânea de versos que ecoa os pensamentos e experiências de Paulo P. Nascentes, e deixam brecha para questionamento: será que ele entrega a autoria a Dorvalino e seus amigos, todos sonhadores de um mundo mais poético? Para costurar o enredo, o autor abre os capítulos com citações de personalidades e grandes nomes da música brasileira, como Caetano Veloso, Milton Nascimento e Chico Buarque.

Se no início Dorvalino conduz a história com a leveza de quem já não tem pressa na vida, nos dois últimos capítulos, “Porralouquice escrevinhadora” I e II, ele – que já não ligava muito para gênero literário – se despe de qualquer filtro e deixa o inconsciente imperar: mistura a voz do narrador com a do poeta e autor, entre o real e imaginário. Mais do que compartilhar uma epifania, ele incentiva, a quem desejar, libertar-se de padrões e divertir-se com os próprios devaneios.

FICHA TÉCNICA
Título: Rabiscos poéticos de um sem noção
Subtítulo: O avesso do percurso
Autor: Paulo P. Nascentes
ISBN: 978-65-00-94555-3
Formato: 14 x 21 cm
Páginas: 103
Preço: R$ 37,90
Onde comprar: Um Livro e Amazon

Sobre o autor: Paulo P. Nascentes é escritor, poeta, mestre em Letras e docente emérito de Português e Esperanto no Instituto de Letras da Universidade de Brasília (UnB). Tem outros dois livros publicados, “Menin: o menino que pintava o acontecer” (1992) e “Percurso às avessas: Dorvalino semimorre” (2021).

Além das palavras, Paulo se dedica também a outras paixões: o aikidô e à terapia transpessoal. É pós-graduado em Psicologia Analítica e Arteterapia de abordagem junguiana, sendo também mentor Máster pelo Sistema ISOR, Instituto Holos.

Instagram do autor: @nascentespaulo


Romance clássico de Josué Montello completa 50 anos e ganha edição em quadrinhos


Adaptação roteirizada pelo historiador e roteirista Iramir Araujo homenageia maranhense imortal da Academia de Letras

Publicado pela primeira vez em 1975, o romance Os tambores de São Luís, de Josué Montello, chega aos cinquenta anos como um clássico da literatura brasileira e uma narrativa épica com momentos marcantes da luta por liberdade da população negra escravizada. O livro agora ganha nova roupagem como uma adaptação em quadrinhos, com roteiro do historiador e roteirista Iramir Araujo, e arte de Rom Freire e Ronilson Freire.  

A obra acompanha a trajetória de vida e luta de Damião, desde a infância. Vivendo em um quilombo fundado por seu pai, o rapaz e a família se veem escravizados com a destruição da comunidade. Damião consegue escapar para a capital para, com ajuda do bispo Dom Manuel, tornar-se padre em São Luís. Ele se dedica ao seminário, mas é impedido de ser ordenado por ser negro.  

Apesar de seu vasto conhecimento adquirido no Seminário, enfrenta dificuldades para arrumar emprego por conta do racismo, mas figuras de liderança da população negra local, como Dona Santinha, o ajudam a se tornar um professor e advogado de prestígio. Toda a jornada é relembrada em uma noite, enquanto Damião, já idoso, retorna para casa a tempo de ver o nascimento de seu trineto. A trama ficcional é atravessada por acontecimentos históricos de São Luís e do Maranhão nos séculos XIX e XX, como a revolta da Balaiada, além de menções a figuras reais como o poeta Gonçalves Dias, a Princesa Isabel e a temida senhora de escravos Ana Jansen.  

A partir da pesquisa histórica extensa e visitas aos locais reais, as quase 500 páginas do romance são recontadas pelo roteiro de Iramir Araujo e o desenho dos artistas Ronilson Freire, que representa a infância, juventude e vida adulta de Damião, e Rom Freire, responsável pela velhice do protagonista. Com seus respectivos estilos e nuances, os traços dos desenhistas se complementam por meio da reconstrução arquitetônica, do vestuário e mobiliário da época. Com esse quadrinho, o trio repete a parceria realizada em Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, Balaiada – A guerra do MaranhãoAjurujuba – a fundação de São Luís e Além das Lendas, que também exploravam a história e cultura do estado.  

Os tambores de São Luís – em quadrinhos é uma publicação patrocinada pela Equatorial Energia do Maranhão por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura (Lei Rouanet). Para Iramir, “as histórias em quadrinhos seguem sendo um terreno fascinante, em que a literatura e as artes se encontram e se mesclam”. Através da linguagem dinâmica e intermidiática das HQs, o romance de Josué Montello alcança uma nova geração de leitores.  

FICHA TÉCNICA 

Título: Os tambores de São Luís – em quadrinhos  
Autor: Iramir Araujo  
Editora: Ira editora  
ISBN: 978.65.01.25331.2 
Formato: 17cm x 24cm 
Páginas: 176 
Preço: R$ 70 
Onde comprar: Livraria AMEI e Gibizada  

Sobre o autor: Iramir Alves Araujo, nasceu em São Luís, no Maranhão, em 1962. Historiador, mestre em História pela Universidade Federal do Maranhão, artista gráfico e roteirista, foi colaborador do jornal O Estado do Maranhão, onde publicou tiras diárias e manteve por vários anos, aos domingos, uma página sobre quadrinhos.  

É autor de histórias em quadrinhos para fins educacionais e sociais, como Gatos pingados e Os viajantes do pião do tempo, das adaptações em quadrinhos dos romances O Mulato, de Aluísio de Azevedo, e Úrsula, de Maria Firmina dos Reis, e das HQs Balaiada – A guerra do MaranhãAjurujuba – a fundação de São Luís e Além das lendas, que exploram a história e cultura de seu estado de origem. Recebeu a condecoração da Assembleia Legislativa do Maranhão por sua contribuição aos estudos da Balaiada, e a medalha “Maria Firmina dos Reis” pela Academia de Letras e Artes de Guimarães. 

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Da liderança ao trekking: um livro para desfrutar a aventura do desconhecido


História ficcional do economista e empreendedor Cezar Almeida aborda os impactos de uma liderança ambidestra, que busca equilibrar eficiência operacional e inovação ao propósito

Tino, protagonista de Líder Trekking: O Executivo e o Professor no Vale do Pati, alcançou um patamar de bastante sucesso. CEO de uma empresa no ramo farmacêutico, ele tem lucros, funcionários engajados e acionistas satisfeitos. Apesar disso, não está feliz. Em um dilema entre não mexer em time que está ganhando” ou transformar os processos corporativos para causar mais impactos sociais e ambientais positivos, o personagem embarca numa aventura no Vale do Pati no intuito de repensar a própria trajetória.

Nesta obra inspirada nas experiências do Cezar Almeida como executivo, empreendedor, mentor e apaixonado por trekking, os leitores são convidados a ponderar sobre seus rumos profissionais e pessoais durante a leitura. Enquanto Tino lida com os desafios comuns de uma caminhada em grupo na natureza, ele conhece pessoas com diferentes perspectivas, desafia o medo do desconhecido, constrói mais confiança em si, entende o valor do desapego e reflete sobre a dificuldade de liderar com propósito na contemporaneidade.

O problema é que se espera do líder uma figura idealizada, uma espécie de super-herói moderno que não sente medo, que não erra, que resolve tudo e ainda motiva os outros a seguirem firmes. [...] Mas, quando o líder está tentando mudar a forma de fazer negócios e ainda honrar um propósito maior, ele é frequentemente julgado por não entregar os resultados da forma tradicional. (Líder Trekking, p. 135)

Além do executivo, uma figura central na trama é o Professor, um ser quase místico, com um semblante sereno. Nos dias que decorrem na trilha, o personagem ajuda os outros a exercitarem o autoconhecimento em busca do aprendizado e do crescimento individual por meio de diálogos profundos.

Mais que uma ficção sobre a ressignificação da vida, Líder Trekking traz conselhos práticos. Entre as páginas, aborda os impactos de uma liderança ambidestra, que almeja um equilíbrio entre a eficiência operacional e a inovação. Também retrata a força do aprendizado contínuo, ou lifelong learning, e das tomadas de decisão diante de um mundo que se transforma rapidamente.

“O livro surgiu de uma viagem que fiz ao Vale do Pati. Durante a expedição, eu levei um caderno e uma caneta comigo. Acordava cedo e escrevia anotações. Assim surgiu a ideia inicial de escrever uma obra, que depois se tornou uma ficção”, explica Cezar Almeida. Com um incentivo à mudança, a publicação reforça como a liderança se assemelha a uma aventura: é no caminho, não no destino final, que se aprende a valorizar a companhia, respeitar os erros e carregar a bagagem com leveza.

FICHA TÉCNICA

Título: der Trekking
Subtítulo: O Executivo e o Professor no Vale do Pati
Autor: Cezar Almeida
Editora: Conectomus
ISBN: 978-6580549030
Páginas: 216
Preço: R$ 67 (físico) | R$ 42 (e-book)
Onde comprar: Amazon | Conectomus

Sobre o autor: Cezar Almeida é executivo, economista, empreendedor, investidor anjo, palestrante e escritor. Com mais de 30 anos de profissão, trabalha com desenvolvimento de lideranças, gestão de pessoas e experiência do cliente. Mestre em Desenvolvimento Regional e Meio Ambiente (UESC), também é professor de cursos de MBA, mentor de líderes e conselheiro em negociações empresariais. Atuou em empresas nacionais, multinacionais e instituições sem fins lucrativos, como a Associação Brasileira de Recursos Humanos, e a Junior Achievement, maior ONG do mundo em apoio à educação empreendedora de jovens. Na literatura, lança o livro Líder Trekking: O Executivo e o Professor no Vale do Pati, em que une a carreira com sua paixão por trekking e viagens.

Redes sociais do autor:

Instagram: @cezaralmeida77
LinkedIn: /cezaralmeida77
Facebook: /SigaOCezar 


Qual é a diferença entre liberdade de expressão e discurso de ódio?

Em livro-caixinha, especialista em Ética Elenilson Mazari compartilha provocações sobre temas como xenofobia, intolerância e discriminação

Na sua opinião, o que é ser livre? Qual é a importância da liberdade? Estas são algumas das provocações que o professor, mestre em Educação e especialista em Ética Elenilson Mazari apresenta no livro-caixinha® Vamos falar de Direitos Humanos, publicado pela Matrix Editora. 

A novidade chega às livrarias em um cenário em que as garantias fundamentais são constantemente postas em xeque. Em 2024, por exemplo, o Brasil registrou mais de 650 mil denúncias de violações dos Direitos Humanos, um aumento de mais de 20% em relação a 2023, quando foram contabilizadas cerca de 530 mil ocorrências, segundo dados ministeriais. Esses números reforçam a importância de discutir e refletir sobre temas como igualdade, justiça, dignidade e autonomia, que estão no cerne das questões propostas neste lançamento. 

Com 100 cartas que instigam a reflexão sobre assuntos como fraternidade, xenofobia, igualdade e os limites entre expressão individual e discurso de ódio, Vamos falar de Direitos Humanos é um convite ao diálogo, visando a desconstrução de preconceitos e paradigmas. O autor traz questionamentos sobre ideias pré-estabelecidas e, ao mesmo tempo, o estimula a busca por soluções práticas para problemas cotidianos, como a discriminação e a exclusão social. 

A vasta experiência de Elenilson como educador é um alicerce a este livro-caixinha. Com formação em Ciências Sociais, História, Filosofia e Pedagogia, ele utiliza uma abordagem multidisciplinar para tratar de temas complexos de forma acessível e envolvente. Neste sentido, a obra é também um chamado à ação. Com a experiência e a sensibilidade do autor, o leitor é guiado em uma jornada de conhecimento e transformação social, que reforça a importância de cada indivíduo na luta por um mundo mais igualitário e fraterno. 

FICHA TÉCNICA 

Título: Vamos falar de Direitos Humanos 
Autor: Elenilson Mazari 
Editora: Matrix Editora 
ISBN: 978-65-5616-547-9 
Páginas: 100 cartas 
Preço: R$ 52,00 
Onde encontrarMatrix EditoraAmazon e livrarias físicas 

Sobre o autor 

Elenilson Mazari é mestre em Educação pelo Programa de Pós-Graduação Profissional em Educação (PPGPE - UFSCar - 2019). Especialista em Ética, valores e cidadania na escola (USP / UNIVESP - 2013). Graduado em Ciências Sociais (Lic/Bach) (UNESP - 2009), licenciado em História (2011) e Filosofia (2013) pelo Centro Universitário Claretiano e Pedagogia pela UNIMES (2016). Atua como professor de História, Sociologia e Filosofia na rede SESI-SP, no Colégio UNI, LIceu Vivere e no Colégio Objetivo (Ensino Médio). É professor de disciplinas relacionadas à Sociologia e Filosofia na Faculdade de Tecnologia, Ciência e Educação (FATECE - Pirassununga), onde também é membro do Núcleo Docente Estruturante (NDE) do curso de Pedagogia. Revisor dos materiais didáticos da rede SESI-SP e Dom Bosco. Estudos na área de Educação em Direitos Humanos, Ensino de Sociologia e Filosofia. 

Sobre a Matrix Editora  

Apostar em novos talentos, formatos e leitores. Essa é a marca da Matrix Editora, desde a sua fundação em 1999. A Matrix é hoje uma das mais respeitadas editoras do país, com mais de 1.000 títulos publicados e sete novos lançamentos todos os meses. A editora se especializou em livros de não-ficção, como biografias e livros-reportagem, além de obras de negócios, motivacionais e livros infantis. Os títulos editados pela Matrix são distribuídos para livrarias de todo o Brasil e também são comercializados no site www.matrixeditora.com.br 

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sábado, 26 de abril de 2025

Thiago Nigro estreia na ficção com aventura sobre o valor do tempo

"O homem que comprou o tempo" tem como pano de fundo o embate entre gerações sobre o verdadeiro significado de prosperidade

Diferente de tudo que Thiago Nigro já escreveu, O homem que comprou o tempo une narrativa literária, filosofia e lições atemporais sobre enriquecimento na primeira ficção escrita pelo autor. Nesta obra, ele propõe uma reflexão profunda sobre o valor do tempo e como ele pode ser o diferencial entre uma vida rica em bens e uma vida rica em propósito, liberdade e legado.

A partir da jornada de Lídia, uma jovem despretensiosa, o leitor é transportado por diferentes eras na história humana. Presentada pelo pai com um misterioso artefato chamado Tábua do Tempo, ela passa por encontros marcantes com personagens, culturas e dilemas que atravessam gerações.

Por meio de viagens da protagonista a cada época, o autor mostra que a prosperidade e a riqueza não vêm de fórmulas prontas. Para alcançá-las é preciso enxergar valor nas pequenas atitudes, nas relações construídas a cada etapa da vida e na sabedoria que ultrapassa gerações.

Lídia contou sobre como a relação entre prosperidade e liberdade mudou a
perspectiva de dois soldados acerca da própria sociedade em que viviam, ao passo
que seu líder – um homem rígido, porém justo – aprendeu com um de seus marujos que a
moeda do tempo é a mais valiosa de todas, pois, ao contrário de outros bens materiais,
não pode ser recuperada uma vez que é perdida.

(O homem que comprou o tempo, p. 255)

O autor aproveita a liberdade da ficção como ferramenta para explorar temas como a diferença entre “trabalhar duro” e “trabalhar com inteligência”, o valor dos relacionamentos como investimento de longo prazo e a construção de um legado que vai além da herança material. Esses aprendizados são costurados com a jornada da personagem e ganham força através da relação conturbada entre pai e filha, que ao longo da narrativa deixa de ser apenas pano de fundo para se tornar o alicerce emocional de muitas descobertas.

Repleto de metáforas, simbolismos e reflexões sobre escolhas que moldam o destino, O homem que comprou o tempo propõe uma revisão sobre o verdadeiro significado de prosperidade. Longe da visão tradicional de riqueza, Thiago Nigro convida os leitores a encararem o tempo como um recurso estratégico, capaz de transformar a maneira como se vive. Para ele, essa é a verdadeira riqueza, aquela que não se mede em cifras, mas em escolhas conscientes e duradouras.

FICHA TÉCNICA

Título: O homem que comprou o tempo - Princípios milenares sobre dinheiro e construção de riqueza
Autor: Thiago Nigro
Editora: Citadel Grupo Editorial
ISBN: 978-6550474461
Número de páginas: 272
Preço: R$ 64,90
Onde encontrarAmazon

Sobre o autor

Formado em Relações Internacionais pela ESPM, Thiago Nigro é educador financeiro, investidor, empresário e fundador do canal "O Primo Rico", que conta com mais de 7 milhões inscritos no YouTube. Conquistou seu primeiro milhão aos 26 anos e é também autor do livro Do mil ao milhão: sem cortar o cafezinho.

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Sobre a editora

Transformar a vida das pessoas. Foi com esse conceito que o Citadel Grupo Editorial nasceu. Mudar, inovar e trazer mensagens que possam servir de inspiração para os leitores. A editora trabalha com escritores renomados como Napoleon Hill, Sharon Lechter, Clóvis de Barros Filho, entre outros. As obras propõem reflexões sobre atitudes que devem ser tomadas para quem quer ter uma vida bem-sucedida. Com essa ideia central, a Citadel busca aprimorar obras que tocam de alguma maneira o espírito do leitor.

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Democratização do colo: o desafio da educação antirracista na primeira infância


Livro da pesquisadora Jussara Santos descortina realidade escolar no trato com crianças negras

Na sala da educação infantil, bebês começam a chorar. Para acalmá-los, a professora senta-se, coloca um deles no colo, abraça, acaricia e profere palavras de carinho. O outro é deixado no chão, encostado na perna da figura mais próxima à materna no ambiente, permanecendo ali até que o choro cessa. Qual dessas crianças é negra? 

Essa distinção entre brancos e negros, prática comum no ambiente escolar, levou a educadora, pesquisadora e doutora em Educação e relações étnico-raciais Jussara Santos a reunir vivências, pesquisas e relatos no livro Democratização do colo: Educação antirracista para e com bebês e crianças pequenas, publicação da Papirus Editora. 

Com o intuito de convidar a sociedade a refletir sobre infância e racismo com coragem, compromisso e honestidade, a autora apresenta subsídios para que o preconceito na rotina infantil não passe despercebido. A pesquisadora abre possibilidades à identificação e ao manejo das situações de discriminação.  

Jussara analisa a seletividade de quais corpos ganharão ou não o colo desejado em diferentes momentos. Aborda, ainda, os conceitos de raça, racismo, branquitude e como esses se apresentam nas relações entre bebês, crianças e adultos envolvidos nos processos de educação e cuidados.  

A falta de brinquedos, livros e narrativas literárias que valorizassem a presença de bebês/crianças negros, indígenas, bolivianos e de outras nacionalidades, presentes nas instituições por onde passei, além de mediações tantas vezes excludentes e racistas, contribuía para um silenciamento por parte dessas crianças, o que comumente era intitulado timidez. Não raras foram as vezes que as professoras titulares das turmas diziam: “Nem fique perto desse bebê, ele não gosta de colo, de proximidade”. (Democratização do colo: Educação antirracista para e com bebês e crianças pequenas, p. 24) 

Fruto de 20 anos de atuação de Jussara Santos na educação básica, a obra evidencia que a implementação de uma educação antirracista requer compromisso institucional e pedagógico que vá além de políticas superficiais. 

A ideia é promover uma transformação estrutural e cultural nas instituições educativas. Para isso, é essencial potencializar o sentimento de pertença e segurança nas relações estabelecidas entre adultos, bebês e crianças pequenas. 

Em Democratização do colo, a autora propõe a construção de uma sociedade mais justa, inclusiva e equitativa. Isso implica que a educação antirracista se constitua elemento basilar para as práticas pedagógicas nas instituições de educação infantil.  

A obra é um manifesto para que bebês e crianças negros, indígenas e todos aqueles que são racializados existam no planejamento, na organização dos espaços, nos brinquedos, nas fantasias, nas obras literárias e, sobretudo, nos braços que acolhem, protegem e acariciam. 

Ficha técnica  

Título: Democratização do colo: Educação antirracista para e com bebês e crianças pequenas  
Autora: Jussara Santos 
ISBN: 978-65-5650-197-0 
Formato: 14 x 21 cm 
Páginas: 144  
Preço: R$ 64,90  
Preço e-book: R$ 44,90  
Onde encontrar: Amazon  

Sobre a autora 

Jussara Santos é educadora das infâncias há 20 anos, atuando com bebês e crianças entre 0 e 6 anos. Compõe a dupla autoria do documento Currículo da cidadeEducação antirracista (São Paulo, 2022). É mestre em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e doutora em Educação e relações étnico-raciais pela Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). Pesquisa infâncias, antirracismo e educação infantil. Ganhou prêmios como Mulheres Negras na Ciência (2019) e Paulo Freire (2019), na cidade de São Paulo. Integra comissões de heteroidentificação em concursos públicos no Brasil. Atua no Centro de Estudos das Relações de Trabalho e Desigualdades (CEERT), nas áreas de educação e trabalho. Presta assessoria para instituições públicas e privadas no país. Toca tambor no bloco afro Ilú Obá De Min.  

Instagram: @profajussarasantos  

Sobre a Papirus  

A Papirus Editora se destaca pela publicação de obras nas áreas de educação, filosofia e psicologia, além de temas relacionados a desenvolvimento pessoal e profissional. Com um catálogo diversificado e autoral, busca promover o conhecimento e o debate sobre questões relevantes para a sociedade contemporânea. 

Instagram: @papiruseditora 


Memórias da primeira sitcom brasileira


"Camicleta - Manual dos Proprietários", de Saulo Adami, relembra clássica série "Shazan-Xerife & Cia." no 75º aniversário da televisão nacional

A dupla carismática de mecânicos Shazan e Xerife, interpretada respectivamente pelos atores Paulo José e Flavio Migliaccio, chegou às casas brasileiras em janeiro de 1972 pela novela O Primeiro Amor, de Walther Negrão. A popularidade garantiu que os dois ganhassem seu próprio programa: Shazan–Xerife & Cia.que consolidaria um lugar de honra na memória nacional. Primeira sitcom do país, essa história segue viva através do trabalho do pesquisador e escritor Saulo Adami, que reúne informações inéditas sobre o seriado na nova edição do livro Camicleta – Manual dos Proprietários.

Entre as novidades da publicação, estão uma entrevista exclusiva com o criador Walther Negrão e com Marco Antônio Candido, artista plástico filho do cenógrafo Stoessel Candido da Silva, responsável pelo visual das principais invenções da dupla: a bicicleta voadora e a Camicleta. Fotografias inéditas foram incluídas a partir dos acervos pessoais de Paulo José e outros membros da equipe, além de imagens do destino da Camicleta após o fim do programa. A obra ainda conta com relatos de bastidores de profissionais que trabalharam na produção, como o diretor Reynaldo Boury, o sonoplasta Carlos Santa Rita, a atriz Lúcia Alves, o roteirista Eduardo Borsato e os atores Claudio Ayres da Motta, Reynaldo Gonzaga e Fabio Massimo, e a decupagem de 16 episódios da série.

O material reunido é fruto de um processo de 10 anos de apuração de Saulo Adami. Após publicar seu primeiro livro sobre o assunto, Shazan–Xerife & Cia., em 2016, foi contatado por profissionais das produções de Negrão e reuniu mais informações para esta segunda obra, Camicleta – Manual dos Proprietários, em 2022. Apesar da dificuldade em localizar arquivos, o autor teve acesso a materiais indisponíveis até para a própria emissora do seriado. Para conclusão da nova edição, foi fundamental o acervo do pesquisador e doutor em teledramaturgia Mauro Alencar, que inclui episódios preservados do programa, além de imagens e documentos exclusivos.

Com seu motor revisado e pulsante, jogos de pneus recauchutados previamente aquecidos e prontos para retomar o caminho da alegria, Camicleta e eu completamos a nostálgica viagem pela infinita estrada de papel e tinta que pavimentamos desde Nova Esperança, jornada sacolejante e fumacenta que nos levou de volta ao universo ficcional mais apaixonante e aventureiro da teledramaturgia brasileira da década de 1970. (Camicleta – Manual dos Proprietários, p. 32)

Composto por elementos tão variados quanto os da Camicleta, o livro traz críticas da época, ilustrações e uma história em quadrinhos do premiado quadrinista Laudo Ferreira, costurados por um vocabulário repleto do “camicletês” falado no programa, que cunhou termos como “chabu”, “rebimboca da parafuseta” e o milagroso “chá de paripafora”. São comentados, ainda, a recepção e o legado da série, e como ela se insere na produção televisiva do país. Shazan–Xerife & Cia. é pioneira na conquista do público infantojuvenil e é o primeiro spin-off da televisão nacional.

Com 170 livros publicados, Saulo Adami é um pesquisador e editor que também se dedica à memória do cinema e da televisão, sendo autor de outros títulos sobre o universo audiovisual do Brasil e de outros países. Por meio de uma trajetória tão mirabolante quanto a dos atrapalhados inventores, Camicleta – Manual dos Proprietários é um prato cheio para os fãs e leitores ávidos por informações de bastidores. Bem-humorado e afetuoso, o lançamento é mais uma etapa da “memória possível” de Shazan–Xerife & Cia. e uma homenagem à inventividade da televisão brasileira, que completa 75 anos em 2025.

FICHA TÉCNICA

Título: Camicleta – Manual dos Proprietários
Autor: Saulo Adami
Editora: Estrada de Papel
ISBN: 9786501370996
Formato: 16x23
Páginas: 424
Preço: R$ 99
Onde comprar: Amazon

Sobre o autor: Escritor, pesquisador e editor, Saulo Adami nasceu em Brusque (SC) em 1965 e começou carreira na década de 1970. É autor de 170 livros lançados em português, inglês, espanhol e alemão, além de ter escrito, dirigido e produzido peças teatrais, programas de rádio e documentários para vídeo e cinema. Jornalista prático, por mais de 20 anos editou semanários e diários, colaborou com fanzines e revistas sobre cinema e televisão, incluindo Cinemin (RJ) e TV Séries (SP), e manteve um escritório de assessoria de comunicação social para sindicatos operários. Editou mais de 300 livros com os selos S&T e DOM. Desde 2011 mora em Curitiba (PR), onde criou e dirige o selo editorial Estrada de Papel há seis anos, ao lado de sua mulher, a psicóloga paranaense Jeanine Wandratsch Adami.

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